Álcool em sangue de vítimas de morte violenta no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Jéssica Priscila de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-01112018-102535/
Resumo: O álcool é uma das substâncias psicoativas mais consumidas pela sociedade por ser de uso lícito, amplamente disponível e de baixo custo. Já foi bem estabelecido que o uso nocivo de álcool está intimamente relacionado com a violência, acarretando um número elevado de doenças relacionadas ao seu consumo, bem como com mortes violentas especialmente entre jovens. São várias as evidências científicas de sua participação nos homicídios, suicídios, violência doméstica, crimes sexuais, atropelamentos e acidentes envolvendo motoristas alcoolizados. Apesar de que esforços têm sido bem-sucedidos na redução do número de mortes atribuíveis ao álcool em vários países, lesões atribuídas ao álcool continuam sendo um problema de saúde pública. No Brasil, apesar de apresentar números expressivos de mortes violentas, ainda são poucos os estudos para nortear decisões governamentais e políticas públicas voltadas ao problema. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência do uso de álcool entre vítimas de morte violenta na cidade de São Paulo, através da dosagem de álcool no sangue. Foram coletadas amostras de 369 vitimas de morte violenta necropsiadas no Instituto Médico Legal do Estado de São Paulo (IML-SP). A dosagem alcoólica foi feita por cromatografia gasosa com técnica de separação por headspace. Os resultados mostram que 34.7% das vítimas haviam consumido álcool. Da amostra total 36.2% dos homens e 27.7% das mulheres haviam consumido álcool. A alcoolemia média foi 1,004 g/L nos homens e 0,767 g/L para as mulheres. Foram feitas associações entre a prevalência e a alcoolemia apresentada para homicídio, atropelamento e acidente de trânsito e diferentes causas de morte, como atropelamento, colisão, enforcamento, intoxicação, ferimentos por arma branca ou de fogo). Discute-se a aplicação desses resultados epidemiológicos para nortear a implantação de políticas públicas de prevenção