Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Takitane, Juliana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-12082019-102315/
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Resumo: |
Aproximadamente 5,6% da população mundial, entre 15 e 64 anos de idade, usaram algum tipo de droga pelo menos uma vez, no ano de 2016. Estimativas indicam que no ano de 2015 aproximadamente 450 mil pessoas morreram em todo o mundo por motivos diversos, porém todos relacionados de alguma forma às drogas. Além disso, o consumo de cannabis e cocaína estão entre os mais associados aos prejuízos advindos dos transtornos relacionados ao uso de drogas ilícitas na América Latina. Dessa forma, este trabalho teve como objetivos avaliar a prevalência do consumo de cannabis e cocaína por vítimas de causas externas (acidentes e violências), necropsiadas no Instituto Médico Legal de São Paulo (IML-SP). Além disso, foi proposto também o desenvolvimento e validação de um método em Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência acoplada à Espectrometria de Massas sequencial (UHPLC-MS/MS) para quantificação de cocaína, benzoilecgonina, cocaetileno e anidroecgonina metil éster (AEME) em sangue, empregando-se a técnica de extração líquido-líquido com solventes não clorados, que permite a distinção das diferentes vias de administração da cocaína. Foi utilizado um método de amostragem probabilística para a coleta das amostras de sangue postmortem, entre os meses de junho de 2014 a dezembro de 2015. A etapa de triagem das análises toxicológicas foi feita por Ensaio de Imunoabsorção Enzimática e as amostras positivas foram confirmadas pelas técnicas de Cromatografia Líquida acoplada à Espectrometria de Massas sequencial e Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas. Ao longo de 19 meses consecutivos, foram coletadas 365 amostras de sangue postmortem, as quais apresentaram positividade de quase um terço para cannabis e/ou cocaína. Indivíduos do sexo masculino, jovens (<= 30 anos de idade) e que apresentavam algum registro de antecedentes criminais foram os mais prováveis (P <= 0,05) de terem feito uso de alguma substância pesquisada. Entre as causas do óbito estudadas, o uso de cannabis foi mais prevalente entre as vítimas de acidentes de trânsito, enquanto o consumo de cocaína ou de pelo menos uma das drogas foi maior entre as vítimas de homicídio. Utilizou-se uma mistura de éter metil terc-butílico e 2-propanol como solventes orgânicos para a extração da cocaína e produtos de biotransformação e detecção por UHPLC-MS/MS, método que se mostrou preciso, exato, robusto e sensível para a determinação dos analitos de interesse. Acredita-se que o estudo dos resultados toxicológicos em ocorrências com desfechos fatais é de grande importância pois fornece informações que podem auxiliar políticas de prevenção e o combate ao uso de substâncias psicoativas |