Medula óssea na pesquisa toxicológica forense: determinação de famprofazona e metanfetamina em medula óssea e sangue de suínos após administração controlada do fármaco famprofazona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Elisangela de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7694
Resumo: A detecção de drogas lícitas e/ou ilícitas na medula óssea representa uma importante alternativa para as análises toxicológicas forenses, principalmente nos casos em que as matrizes convencionais estão indisponíveis ou inviáveis para análise. A proposta deste estudo foi desenvolver um método aplicável à medula óssea e ao sangue, para a detecção e quantificação da famprofazona (FP) e de seus principais metabólitos, a metanfetamina (MA) e a anfetamina (AM). O método foi validado e apresentou para ambas as matrizes boa linearidade, exatidão, precisão e estabilidade à temperatura ambiente e sob congelamento, com variações inferiores a 20% em todas as condições testadas. O limite de quantificação para os três analitos na medula óssea e no sangue foram 100 ng g-1 e 50 ng mL-1, respectivamente. O método foi aplicado a amostras autênticas, provenientes de suínos sadios (n = 4), medicados com o fármaco FP, por via oral, uma vez ao dia, durante cinco dias. Os experimentos foram realizados em condições controladas, nas quais o primeiro animal recebeu a dose diária de 100 mg de FP e os demais receberam diariamente uma dose de 200 mg. Ao final de cada experimento, foi realizado o abate do animal e as amostras de sangue e medula óssea foram coletadas para análise. As amostras foram extraídas com éter metil-terc-butílico em pH alcalino (extração líquido-líquido) e analisadas por cromatografia a gás acoplada à espectrometria de massas (CG-EM), sem a etapa prévia de derivatização dos extratos. A famprofazona foi quantificada nas amostras de medula óssea dos quatro suínos (frescas: 103 a 276 ng g-1; exumadas: 103 a 195 ng g-1) e nas amostras de sangue dos três suínos medicados diariamente com 200 mg do fármaco (59 a 86 ng mL-1). A metanfetamina foi quantificada nas amostras de medula óssea provenientes dos animais que receberam 200 mg diários (frescas: 134 a 267 ng g-1; exumadas 154 a 248 ng g-1) e nas amostras de sangue de dois suínos medicados com 200 mg de FP (53 e 58 ng mL-1). A anfetamina não foi quantificada nas matrizes estudadas. O método desenvolvido neste estudo mostrou-se simples, eficiente, com custo reduzido e boa aplicabilidade na rotina das análises toxicológicas forenses