Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Araujo, João Pedro Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-08102024-082808/
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Resumo: |
Glioblastoma (GBM) é um tumor cerebral agressivo e apresenta uma subpopulação de células-tronco chamadas de glioblastoma stem-like cells (GSCs). GSCs, envolvidas na resistência a terapias e altas taxas de recidiva, têm a proteína prion celular (PrPC) como um importante fator para sua manutenção. Nesse contexto, células-tronco neurais (NSCs) têm sido apontadas como uma provável origem das GSCs, e a comunicação entre NSCs e GSCs, mediada principalmente por vesículas extracelulares (EVs), pode contribuir para aumentar a agressividade do GBM, e dados sobre as NSCs no GBM ainda são escassos. Nós objetivamos avaliar o impacto dessa comunicação intercelular na biologia das GSCs, o que pode ajudar a compreender melhor o papel que as EVs de NSCs (NSCs-EVs) exercem nesse tipo devastador de tumor cerebral. Para isso, NSCs foram geradas a partir de células-tronco humanas de pluripotência induzida (hiPSC), e caracterizadas pela expressão de marcadores específicos para cada um dos dois tipos celulares. Após caracterização, o meio de cultivo das NSCs foi coletado para isolamento das NSCs-EVs, que foram molecularmente caracterizadas por western blotting pela expressão de CD63, alix, HSP90 e também por Nanosight (NTA), identificando vesículas entre 100 e 200 nm. A ultraestrutura de NSCs e GSCs foi exploradas por microscopia eletrônica de transmissão, com ênfase nos processos de biogênese (corpos multivesiculares) e captação de vesículas (endocitose mediada por clatrina), e adesão celular. Interessantemente, GSCs PrPC knockout (PrPC-KO) parecem apresentar disfunção na adesão celular das neuroesferas. Nós também identificamos que o silenciamento de PrPC promove a diminuição na expressão de CD63 em linhagem de GBM) e em GSCs derivadas de pacientes, e nesta última promovendo redução no número de EVs liberadas. Os dados sugerem o papel de PrPC na modulação do microambiente, uma vez que essa proteína também foi identificada sendo secretada em EVs. Tratando GSCs, com NSC-EVs, observamos a modulação nas propriedades de adesão celular, por mudanças na expressão de proteínas como integrina α-V and NCAM. Ensaios funcionais de dissociação celular mostraram que NSCs-EVs reduzem a taxa de dissociação das neuroesferas. Nossos dados lançam luz sobre o papel de PrPC na comunicação intercelular, e no papel de NSCs-EVs na modulação das propriedades de adesão de GSCs. |