Composição química, produção in vitro de gases da fermentação entérica e ácidos graxos de cadeia curta de gramineas forrageiras tropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nguluve, Damião Wetimane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-29012015-120018/
Resumo: A análise de alimentos para ruminantes consite na caracterização da sua composição química, que varia em função da edafoclimatologia e manejo agrotécnico ao longo do tempo. O manejo de desfolhação (28 e 42 dias), o genótipo e estações constituem fonte de variação da degradabilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), acúmulo de gases no rúmen (PG), metano (CH4) e do perfil dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), com reflexos na eficiência da produção animal. A introdução dessas práticas no cultivo dos gêneros Brachiarias e Cynodon pode disponibilizar forragem de boa qualidade nutricional, com baixos teores de fibra. As dietas baseadas nas gramíneas tropicais são ricas e fibra e trazem controvérsias nos sistemas de produção de ruminantes, pela emissão de dióxido de carbono (CO2) e de CH4 entéricos, com efeito de estufa (GEE) na atmosfera, proposto para reduzir pela comunidade internacional. Contudo, a mitigação dos GEE exige a quantificação da sua produção por área, animal e por ano. Econmicamente, o CH4 enterico é uma perda de 2-12% de energia que poderia ser convertida em produto animal. O objetivo do estudo foi descrever e explicar os efeitos da frequência de desfolhação (28 e 42 dias), genótipo e estações do ano na composição química, DIVMS, PG, CH4, no perfil dos AGCC e no fator de partição (FP) da Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria híbrida cv. Mulato II (Convert HD 364®) e do Tifton 85 (Cynodon spp.), cultivados em 2012/2013. A matéria seca (MS%) da forragem cortada a cada 42 dias aumentou nos dois anos de experimento e diminuiu para o Marandu e o Mulato II. A matéria mineral (MM) na forragem aumentou em corte de 42 dias e no 2º ano. A matéria orgânica (MO) foi maior para o Marandu e Mulato II nas duas frequências de corte, comparada com a do Tifton 85. As médias mais baixas de fibra em detergente neutro (FDN), ácido (FDA) e extrato etéreo (EE) foram observadas no corte de 28 dias segundo a ordem: FDN, MM, FDA Tifton 85 >Marandu > Mulato e para DIVMS foi Marandu > Mulato II > Tifton 85 no outono-inverno. A PG foi superior para todos os genótipos na primavera-verão em relação ao outono-inverno. Contrariamente, o CH4 teve aumentos de 11,7% (Marandu), 29,2% (Mulato) e 41,4% (Tifton 85), no outono-inverno. O volume de CH4 das espécies foi diferente nas colheitas de 28 d de rebrotação. O FP variou pouco entre frequências, mas sim com a as estações do ano. A relação estequiométrica do acetato, propionato, e butirato foi 6,2:3,0:1,0 (estação) a 7,5:3,2:1,0 (ano). As relações acetato: propionato e TAGCC: MSD tiveram padrão de variação constante ao longo dos tratamentos. Conclui-se que a DIVMS e o perfil de AGCC são menos afetados pelas estações do ano do que pelas frequências de corte e estas praticas tendem a melhorar a qualidade da forragem colhida na frequência de rebrotação mais longa. Os teores de PB, CC, MO, EE foram altos nas duas frequências de corte e no inverno.