Microbiota ruminal de novilhos mantidos a pasto, suplementados com quitosana e digestibilidade in vitro de diferentes dietas para ruminantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Mariana Viegas dos lattes
Orientador(a): Goes, Rafael Henrique de Tonissi e Buschinelli de lattes
Banca de defesa: Souza, Kennyson Alves de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1042
Resumo: Objetivou-se avaliar a microbiota do rúmen de bovinos alimentados com inclusão de quitosana na dieta e avaliar o efeito da adição de aditivos (monensina (MON); líquido da casca da castanha de caju (LCC); quitosana (Q) e ácido ricinoléico (AR) sobre a digestibilidade in vitro dos nutrientes para ruminantes. Para a avaliação da microbiota do rúmen foram utilizados cinco (5) novilhos mestiços canulados no rúmen com peso médio de 350 kg mantidos em piquetes individuais de Urochloa brizantha cv Marandu e distribuídos em quadrado latino 5x5. Os animais foram suplementados diariamente na proporção de 0,15% peso corporal (PC). A quitosana (85% desatilação) foi fornecida em associação a um suplemento mineral protéico 30%. As doses de quitosana utilizadas foram de 0; 400; 800; 1200 e 1600 mg / kg de MS. Para a digestibilidade in vitro foram utilizados dois bovinos da raça Jersey, adultos, castrados, peso médio de 350 kg, providos de canula ruminal, e mantidos em pasto de Urochloa brizantha cv Marandu, recebendo suplementação mineral. Após o final da extração e purificação do DNA, a concentração do DNA e os grupos de microrganismos foram quantificados em um equipamento de espectrofotometria. A pureza e rendimento do DNA foi avaliada por espectrofotometria a partir de razões de absorbância variando de A260 nm/A230 nm e A260 nm/A280 nm. Para realização do ensaio de Digestibilidade in vitro foi utilizado três relações volumoso e concentrado (100:00, 50:50 e 20:80) e quatro aditivos para analisar a matéria seca (DIVMS), matéria orgânica (DIVMO), fibra em detergente neutro (DIVFDN) e proteína (DIVPB). O rendimento e a pureza do DNA extraído de amostras do rúmen total de bovinos foram considerados adequados, com quantidade e qualidade satisfatória. É possível observar que com a inclusão das doses crescente de quitosana na dieta dos novilhos houve efeito quadrático no grupo das bactérias celulolíticas e nas archea, porém no grupo das bactérias amilolíticas não houve efeito da inclusão da quitosana. A concentração de DNA extraído também apresentou efeito quadrático com a inclusão das doses de quitosana. No ensaio da Digestibilidade in vitro foi verificado o efeito dos fatores principais e da interação entre os aditivos e as razões V: C na DIVMS, DIVPB, DIVMO e DIVFDN. A inclusão de MON, LCC, Q e AR aumentaram o coeficiente de digestibilidade da MS, devido os aditivos causarem alterações nos padrões de fermentação ruminal. Mas os aditivos MON e Q não diferiram do grupo controle. Na DIVMO e DIVPB a inclusão dos aditivos não causou efeito. Na DIVFDN a Q e o LCC reduziram a digestibilidade. Foi verificado efeito significativo (P<0, 001) apenas para as razões volumoso: concentrado sobre a DIVMS, DIVPB e DIVMO, para a DIVFDN (P = 0,09). A inclusão de quitosana na proporção de 741,67 mg/kg MS atua alterando beneficamente a microbiota ruminal. Os aditivos MON, LCC, Q e AR quando adicionados na dieta de ruminantes agem como moduladores da fermentação ruminal, resultando em efeitos positivos na digestibilidade dos nutrientes, possibilitando substituir os antibióticos ionóforos.