Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Fortes, Isabela Saldanha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-11052015-144445/
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Resumo: |
Introdução: Pouco se conhece sobre Transtorno Específico de Aprendizagem (TEA), principalmente em países de baixa e média renda (PBMR) e muito menos em amostras representativas de escolas de cidades pequenas fora de grandes centros urbanos. Poucos estudos enfatizaram os novos critérios do DSM-5 para TEA. Investigamos a prevalência do Transtorno Específico de Aprendizagem de acordo com a nova classificação do DSM-5, suas comorbidades e correlatos em amostras escolares de alunos do 2º ao 6º ano que moram em cidades de tamanho médio de quatro regiões geográficas do Brasil (norte, nordeste, centro-oeste e sudeste). Métodos: O rendimento acadêmico foi medido pelo Teste de Desempenho Escolar. Os diagnósticos psiquiátricos foram avaliados pelo K-SADS-PL com informações obtidas do cuidador primário e o QI foi estimado por subtestes do WISC-III. Resultados: Um total de 1.618 crianças e adolescentes foram incluídas no estudo. As taxas de prevalência encontradas de Transtorno Específico de Aprendizagem foram: 7,6% para comprometimento global, 5,4% para comprometimento na escrita, 6,0% para comprometimento na área da aritmética, e 7,5% para comprometimento na leitura. Diferenças significativas foram detectadas nas taxas de prevalência entre as cidades (p < 0,001). O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) foi o único transtorno mental comórbido com associação significativa com TEA com comprometimento global (8,2%; p=0,031). Transtornos de ansiedade, TDAH e o grupo Qualquer Transtorno Mental foram associados com TEA com comprometimento na aritmética (13,8% com p=0,008; 12,4% com p < 0,001; 25,6% com p < 0,001, respectivamente). Inúmeros correlatos sóciodemográficos (idade (p=0,018), cidade (p=0,004), status sócio-econômico (p=0,007), gênero (p=0,011), e QI (p < 0,001)) foram associados com Transtorno Específico de Aprendizagem com comprometimento global na amostra. Conclusões: A validação e normatização de instrumentos que avaliem o desempenho acadêmico é ainda um grande problema em inúmeros países, mas principalmente naqueles de baixa e média renda (PBMR). Como esperado, foi encontrado uma significativa heterogeneidade nas taxas de prevalência de TEA entre as diferentes regiões geográficas do Brasil, sendo esse um país com forte diversidade. TEA com comprometimento global e em aritmética foram significativamente associados com comorbidades psiquiátricas. Todos correlatos avaliados (idade, cidade, status sócioeconômico, gênero, e QI) foram significativamente associados com TEA com comprometimento global |