Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Elen Cristina Batista de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-13022019-162817/
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Resumo: |
Introdução: O Transtorno de Escoriação (TE) é caracterizado pelo comportamento repetitivo e excessivo de escoriar a pele saudável, resultando em dano tecidual e significativo sofrimento, associado a ânsia incontrolável e falha em controlar tal comportamento repetitivo. Atualmente o TE é classificado na seção de transtornos relacionados aos Transtornos Obsessivo-compulsivos (TOC) da 5ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM). No entanto, ainda existem debates a respeito da sua classificação, se o mesmo está relacionado a transtornos relacionados ao TOC, ou se é melhor conceituado como uma dependência comportamental. Objetivos: O presente estudo comparou um grupo de indivíduos com TE com dois paradigmas dos transtornos obsessivo-compulsivos, i.e., TOC, e dos transtornos impulsivo-aditivos, i.e., Transtorno do Jogo (TJ), analisando suas características sociodemográficas, clínicas, categorias diagnósticas, perfil de comorbidades, sintomas obsessivo-compulsivos, traços impulsivos e atributos de personalidade. O objetivo de tal comparação foi avaliar se o TE estaria mais relacionado aos transtornos relacionados ao TOC ou ao TJ. Métodos: Participaram do estudo 121 pacientes, que procuraram o tratamento no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (HCFMUSP), Brasil. Do total de 121 participantes, 40 foram diagnosticados com TE, 41 com TOC e 40 com TJ. Foram utilizadas entrevistas clínicas estruturadas para diagnosticar e comparar os três grupos na sobreposição diagnóstica e nas comorbidades psiquiátricas atuais, e escalas de autopreenchimento padronizadas para avaliar os sintomas dimensionais e comparar os três grupos em análise dimensional. Resultados: O grupo TE apresentou maior preponderância de mulheres, mais jovens e com maior instrução acadêmica. Na análise categorial TE se aproximou, significativamente, mais de TOC (n = 14) do que de TJ (n = 3), se sobrepondo ao primeiro. Os grupos TE e TOC também foram mais propensos a apresentar outros Comportamentos Repetitivos Focados no Corpo (CRFC) e transtornos ansiosos em geral. A presença de CRFC diferenciou TE de TJ, por outro lado, TE se diferenciou de TOC pela presença de comportamentos aditivos. A análise dimensional demonstrou que TE se apresenta como um modelo híbrido de obsessividade-compulsividade e impulsividade. Finalmente, a análise de correlação mostrou que os escores de obsessividade-compulsividade e impulsividade não foram correlacionados à gravidade dos sintomas de escoriação da pele. Discussão: Os dados da análise categorial apoiam a classificação de TE como um transtorno correlato ao TOC. Já os achados das análises dimensionais sugerem que uma apresentação psicopatológica híbrida de TE, contendo tanto elementos obsessivo-compulsivos, como com traços impulsivos. No entanto, nenhum desses aspectos foram correlacionados à gravidade dos sintomas de escoriação no grupo TE, sugerindo que o comportamento de escoriação da pele é independente desses fatores nestes indivíduos. O conjunto de tal apresentação sucinta a alocação de TE junto ao grupo dos chamados CRFC. Conclusão: TE apresenta um perfil demográfico e clínico próprios. TE e TOC compartilham mais similaridades no perfil de comorbidades psiquiátricas do que TJ, a maioria baseada nos transtornos ansiosos. Por outro lado, TE se diferencia de TOC, por uma associação mais frequente com os transtornos aditivos. TE apresentou níveis intermediários de compulsividade e impulsividade na abordagem dimensional. O comportamento de escoriação não mostrou correlação relevante com as medidas dimensionais de compulsividade nem impulsividade. TE, de uma forma geral, teve uma associação robusta com os outros CRFC, diferenciando-se de TOC e de TJ. TE poderia ser classificado em uma sessão à parte juntamente com outros CRFC |