Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Giron, Jemima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-17122021-173626/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: A prática de atividade física deve ser continuamente estimulada pelos efeitos positivos que ela apresenta sobre o bem-estar físico e psicológico e porque a inatividade física pode agravar problemas físicos e emocionais. Devido aos seus benefícios, programas que incentivam a prática de atividade física têm recebido atenção em nosso país, demandando estudos de avaliação impacto sobre a saúde física e emocional de seus participantes. OBJETIVO: Avaliar o impacto do Projeto Esporte Cidadão da cidade de Indaiatuba/SP sobre o estado nutricional e a qualidade de vida de seus participantes. MÉTODO: Realizou-se um estudo longitudinal do tipo painel, (20182019), com dois grupos: Grupo Caso e Grupo Controle e duas variáveis de desfecho: estado nutricional (medidas antropométricas) e qualidade de vida (Escala Multidimensional de Satisfação com a Vida Infantil) O método adotado para a avaliação foi o de Diferenças em Diferenças. RESULTADOS: Foram avaliadas 30 crianças no Grupo Caso (média de 9,6 anos, DP ± 1,10 anos, sendo 53,33% meninos) e 41 crianças do Grupo Controle (média 8,9 anos, DP ± 0,77 anos, sendo 36,34% meninos). A média de idade dos responsáveis do grupo caso foi 36,96 anos (DP=7,09) e do grupo controle de 35,50 anos (DP=7,36); o estado civil casado (caso = 90% e controle = 77,5%) e a cor de pele branca (caso = 43,3% e controle = 60%) foram predominantes nos dois grupos. Houve uma proporção menor de chefes com baixa escolaridade no grupo caso do que a no grupo controle. Constata-se uma condição socioeconômica mais privilegiada entre as crianças do grupo caso sendo 43,3% na Classe B enquanto no grupo controle 22,0%. A estimação dos modelos mostrou que a participação no PEC não impactou nem o estado nutricional nem a qualidade de vida das crianças participantes, apenas o tamanho da família mostrou uma influência positiva estatisticamente significante sobre o estado nutricional, e a idade da criança sobre a qualidade de vida (uma relação negativa). DISCUSSÃO: Esses resultados contrapõem os achados recentes que apontam correlação estaticamente significativa entre a prática da atividade física regular e manutenção do peso adequado, medido através do IMC. Um fator que pode explicar a ausência de impacto positivo refere-se à frequência efetiva das crianças no projeto, aspecto que não foi possível controlar. Apesar da vasta literatura que aponta para a correlação entre estas variáveis, prática de atividade física, estado nutricional e qualidade de vida sob a ótica do bem-estar, os resultados aqui apresentados não chegaram às mesmas conclusões. Vale ressaltar que pesquisas que estudaram a relação entre atividade física e bem-estar subjetivo ainda são incipientes, indicando a necessidade de mais estudos. CONCLUSÃO: Neste estudo não foi possível constatar impacto do PEC sobre o estado nutricional e qualidade de vida, objetivos visados pelo Projeto Esporte Cidadão. |