Bem-estar de adolescentes e a sua relação com a espiritualidade e a religiosidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Strelhow, Miriam Raquel Wachholz
Orientador(a): Castellá Sarriera, Jorge
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/181076
Resumo: Essa tese tem como objetivo investigar a relação da espiritualidade e da religiosidade com o bem-estar de adolescentes, considerando o bem-estar subjetivo e o psicológico. Para tanto, foram desenvolvidos seis estudos. O primeiro é uma Revisão Sistemática que buscou verificar a relação entre os conceitos de bem-estar e espiritualidade e religiosidade entre adolescentes, a partir de artigos empíricos publicados nos últimos 5 anos. Foram selecionados 26 artigos, que indicaram que há relação entre esses aspectos, e que essa é em geral positiva. Os estudos 2 a 4 apresentam avaliação psicométrica dos seguintes instrumentos: Escala de Bem-estar Psicológico, o Índice de Religiosidade de Duke e o módulo de Espiritualidade, religiosidade e Crenças pessoais (WHOQOL-SRPB). O estudo 5 investiga um modelo hipotético de bemestar entre adolescentes, composto por dimensões do bem-estar subjetivo e psicológico, e o estudo 6 busca investigar a relação da espiritualidade e da religiosidade com o bem-estar de adolescentes brasileiros. Nestes dois últimos estudos são analisadas ainda as possíveis diferenças nas medidas utilizadas por idade e sexo. A amostra dos estudos 2 a 6 foi composta por 1.248 adolescentes brasileiros de 12 a 18 anos (M = 15,09, DP = 1,77). A pesquisa foi realizada de forma online, através de um site criado especificamente para esse fim. Também participaram de grupos focais, realizados para o estudo 04, 58 adolescentes (M = 14,08, DP = 1,65). Para os estudos 5 e 6, além dos instrumentos já citados, foram utilizados uma escala de satisfação com a vida (BMLSS) e uma escala de afetos (CAS). Os resultados dos estudos 2 a 4 indicaram em geral bons índices de ajuste para análises fatoriais (exploratórias e confirmatórias), bem como a invariância dos instrumentos por sexo e idade. No estudo 5 foram testados modelos de relações entre o bem-estar subjetivo e psicológico através de SEM. A partir dos resultados optou-se por um modelo integrado, de fator único, explicando ambas as medidas. No estudo 6 os resultados indicaram relações positivas entre a espiritualidade e a religiosidade com o modelo integrado de bem-estar. Em relação às diferenças por médias, para bem-estar subjetivo foram encontradas diferenças significativas por sexo (meninas com médias maiores), para bem-estar psicológico diferenças por sexo e idade, sendo os resultados apresentados para cada subescala. Em relação à religiosidade e espiritualidade houve diferenças tanto por sexo como por idade. Em geral as meninas apresentaram médias maiores, e não foi encontrado um padrão nas diferenças por idade. Conclui-se que bem-estar subjetivo e psicológico dos adolescentes estão altamente correlacionados, podendo ser compreendidos em um modelo integrado de bem-estar, e que tanto a espiritualidade como a religiosidade possuem contribuições positivas sobre esse bem-estar.