Imagens e paleta de cores nos textos de Flaubert da viagem ao Oriente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ribeiro, Lúcia Amaral de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-21012015-175516/
Resumo: Esta tese abrange manuscritos inéditos dos cadernos da viagem ao Oriente, de Flaubert, e textos publicados postumamente, a partir do que ele copiou dos seus cadernos logo depois da viagem, fazendo mudanças e acréscimos. Esta tese também abrange cartas que ele escreveu no Oriente. Analiso movimentos da sua escritura e a mobilidade de formas textuais, que migram de cartas para textos da viagem e vice-versa. Ele não quis publicar essas anotações, que constituem um lugar de experiência com a linguagem, uma espécie de laboratório de formas, que depois, com mudanças, ele integra em seus romances. Relaciono esses textos a concepções estéticas da época. Comparo o modo descritivo que Flaubert desenvolve durante a viagem com páginas dos cadernos ilustrados de Delacroix, do Marrocos. Identifico nos textos do Oriente de Flaubert correspondências entre composição literária e composição pictural. Seu olhar e imaginação são informados pela arte orientalista, em voga na Europa, na época. O orientalismo é um elo para a análise de mudanças estéticas que acontecem nas duas artes, literatura e pintura, no século XIX. Escrever durante a viagem se associa à ideia de movimentar um repertório de imagens e, ao mesmo tempo, tornar visível o que o texto evoca