Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Livia Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-04102011-090132/
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Resumo: |
Estudam-se aqui as escritas de Gustave Flaubert e de Machado de Assis, considerando a ironia a estratégia narrativa comum a ambos os autores. Evidenciado na figura da comparação, o procedimento irônico de suas escritas joga com a verossimilhança e com a expectativa do leitor para sucessivamente frustrá-las. Desfazendo as semelhanças discursivas que ativariam a causalidade da verossimilhança, conforme Aristóteles, a ironia efetivada por meio dessa figura de linguagem revela o jogo do pastiche de suas escritas e desloca, assim, a representação semântica da narrativa. A corrupção da mímesis como fundamento do discurso literário faz de suas escritas uma proposta de outro tipo de verossimilhança, não mais motivada pela coincidência das semelhanças discursivas, o que ressalta, deste modo, seu gesto político. Pois, a política da escrita não está no que o autor quis dizer, mas na reverberação do texto no leitor, reverberação que impõe o silenciamento das unidades de sentido já estabelecidas pela repetição das ideias feitas. Entenda-se também com isso que o estudo aqui empreendido propõe a alternativa crítica de se abordar escritas de estilos e práticas diferentes, sem que se tenham necessariamente em vista citações explícitas ou implícitas, influência e fonte literária. Porque a força da escrita literária não está exclusivamente em sua representabilidade semântica, mas na libertação do simbólico, que evidencia a historicidade dos discursos. |