Desejo, alucinação, produção: La tentation de saint Antoine segundo Flaubert e Cézanne

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Dias, Daniel Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-10052016-122230/
Resumo: O século XIX retoma, por meio de narrativas literárias e pictóricas, o enredo de Antão, personagem da religião católica que teria se exilado no deserto em busca da dedicação às suas orações e à leitura bíblica. A representação de Antão do deserto, do Santo Antão, é revista no texto literário de Gustave Flaubert e na pintura de Paul Cézanne. Flaubert, nas três versões de sua La Tentation de saint Antoine (1849, 1856 e 1874), reconstruiu o enredo do santo por meio do discurso da alucinação, articulado a suas leituras, estudos e observações do quotidiano, como se notam em seus relatos de viagem e em seus manuscritos. O escritor busca na construção do erótico e da ciência a base para o questionamento da fé do santo, atormentado por imagens invocadas dum sem-número de relações interdiscursivas. Cézanne, por sua vez, busca nas referências pictóricas, em especial em pinturas do século XIX, a produção de sua La Tentation de saint Antoine, estabelecendo, sobretudo na versão definitiva (1877), relações com a obra de Flaubert.