Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Genival Barbosa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-02102013-090408/
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Resumo: |
O câncer de laringe é uma das neoplasias mais comuns das vias aéreas superiores. No Brasil a maioria dos casos são diagnosticados nos estádios clínicos III ou IV. Nos tumores T4a os resultados terapêuticos são discordantes na literatura. Alguns estudos referem melhores taxas de sobrevida global com o tratamento cirúrgico e outros demonstraram taxas de sobrevida global semelhantes entre pacientes submetidos a laringectomia total e os submetidos a quimioradioterapia. Concomitante ao surgimento destas novas modalidades terapêuticas, descritas nas últimas décadas, observou-se nos Estados Unidos queda nas taxas de sobrevida dos pacientes com tumores de laringe. O objetivo deste estudo foi avaliar fatores prognósticos em pacientes portadores de carcinoma epidermóide de laringe cT4aN0-3M0 tratados em quatro instituições - em três diferentes países - de acordo com variáveis demográficas, clínicas, terapêuticas e anatomopatológicas. Em relação as variáveis clínicas, foram observadas piores taxas de sobrevida global nos pacientes com mais de 65 anos, nos classificados como ASA III ou IV, nos casos com tumores com extensão para base de língua. Dentre os pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico as piores taxas de sobrevida global foram observados nos casos com margens de ressecção comprometidas, nos com invasão vascular presente e os com estádio linfonodal pN2 ou pN3. As taxas de sobrevida global e câncer específica não diferiu entre os pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico ou quimioradioterápico. Por outro lado as melhores taxas de sobrevida livre de recorrência local foi evidenciada nos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico. Na análise multivariada, foram fatores prognósticos independentes para o risco de óbito, a classificação pelo ASA (III ou IV) e o estadiamento linfonodal patológico (pN2 ou pN3) entre os pacientes submetidos à cirurgia, a faixa etária superior a 65 anos, a extensão do tumor para base de língua, para partes moles perilaríngeas e a presença de mais de uma estrutura invadida pelo tumor nos pacientes submetidos a quimioradioterapia. Em conclusão, diversas variáveis são potenciais fatores prognósticos relacionados a sobrevida global, no entando somente a classificação como ASA III ou IV e o estádio pN2 ou pN3 foram identificados como fatores prognósticos independente para o risco de óbito nos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico. Nos pacientes submetidos ao tratamento com quimioradioterapia a faixa etária superior a 65 anos, extensão para base de língua, para partes moles perilaríngeas e presença de duas ou mais estruturas invadidas foram os fatores prognósticos independentes para o risco de óbito |