Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Natália Martins Magacho de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-29102020-163405/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O sistema de estadiamento tumoral TNM é o mais amplamente utilizado no estadiamento do câncer de laringe (CL), pois se baseia na extensão anatômica da lesão primária e das metástases linfonodais. Todavia, no mesmo estágio T, pode-se encontrar uma variedade de lesões com diferentes volumes tumorais (VT), impactando diretamente o controle local da doença após o tratamento de escolha. O objetivo foi definir o valor prognóstico do VT através dos índices de recidiva local (RL), sobrevida livre de doença (SLD) e de sobrevida global (SG), nos pacientes com CL submetidos a tratamento cirúrgico. MÉTODOS: Foram avaliados, em uma coorte retrospectiva, pacientes consecutivos submetidos a tratamento cirúrgico para CL (laringectomia total ou parcial), atendidos no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 2008 a 2017. Os seguintes critérios foram analisados: idade, localização primária do tumor, estágio TNM, VT da neoplasia primária na tomografia computadorizada (TC) pré-tratamento, índices de RL, SG e SLD após 2 anos de evolução. RESULTADOS: Participaram desse estudo 145 pacientes, com idade média ao diagnóstico inicial de 60 anos. 122 pacientes eram do sexo masculino (84,1%). No tratamento cirúrgico, a laringectomia total foi realizada em 93,8% dos pacientes. O VT médio de todos os 145 pacientes foi de 23,0±16,4cm3. O ponto de corte para o VT foi 14,2cm3, a partir do qual há piora nos índices de SG (sensibilidade: 0,745 e especificidade: 0,456) e SLD (sensibilidade: 0,750 e especificidade: 0,422). O tempo médio de seguimento dos pacientes foi de 32,2 meses. A SG foi de 62,1%, enquanto que a SLD foi de 65,5%. À análise univariada, o VT maior que 14,2 cm3 esteve associado com índice maior de metástases a distância (p=0,045), além de piores taxas de SG (p=0,009) e SLD (p=0,035). Na análise multivariada, o VT não demonstrou relação estatística com a SLD (p=0,569), nem com a SG (p=0,094). Considerando apenas o subgrupo de pacientes com CL estádio T4 (103 pacientes), o VT médio desta subpopulação foi de 28,0±21,9cm3. Na análise univariada, o VT maior que 14,2 cm3 esteve associado com pior índice de SG (p=0,032). CONCLUSÃO: Nos pacientes portadores de CL avançados (T3 e T4a) submetidos a tratamento cirúrgico, o VT da lesão primária (medida em TC de estadiamento pré-operatório) apresentou associação estatisticamente significante com piores índices de recidiva e sobrevida. O valor do VT deve ser considerado como fator prognóstico independente para análise da melhor estratégia terapêutica a ser empregada no tratamento desta neoplasia |