O impacto da pandemia da COVID-19 nas redes de colaboração científica: um estudo com coordenadores de laboratórios universitários públicos de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nascimento, Lorena Santana do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-24012025-180354/
Resumo: Este estudo investigou o impacto da pandemia da COVID-19 nas redes de colaboração científica de coordenadores de laboratórios de universidades públicas no Estado de São Paulo, utilizando a Análise de Redes Sociais (ARS) como abordagem metodológica. A comparação entre os triênios pré-pandêmico (2018-2020) e pandêmico (2021-2023) revelou uma redução significativa na produção científica, com as maiores quedas nas Ciências da Saúde (-25,84%) e um leve aumento em Engenharia (+8,77%). A pandemia fragmentou as colaborações e reconfigurou os papéis centrais nas redes, reduzindo tanto colaborações internacionais (-6,42%) quanto nacionais (-19,23%). As análises de correspondência múltipla (ACM) e cluster hierárquico (ACH) identificaram três perfis distintos de laboratórios que influenciaram o desempenho nas redes. O Cluster 1, composto por laboratórios multidisciplinares com grandes equipes de pesquisadores não permanentes, destacou-se pelo aumento na centralidade e nas colaborações diretas, apesar de um menor estoque de capital. O Cluster 2, formado por laboratórios de Engenharias e Ciências Exatas e da Terra, manteve estabilidade nas medidas de centralidade, devido a uma estrutura mais robusta e maior número de pesquisadores permanentes. O Cluster 3, dominado por laboratórios das áreas de Ciências da Saúde e Biológicas, sofreu as maiores perdas em centralidade, especialmente em grau e intermediação, resultado da sobrecarga dessas áreas durante a pandemia. No entanto, a análise individual mostrou exceções, como o aumento da centralidade de alguns pesquisadores. Essas divergências destacam a resiliência de certos laboratórios e coordenadores, mesmo nas áreas mais impactadas pela crise.