A transição alimentar de uma família açoriana em Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Leal, Alessandra Nahra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-18092023-162406/
Resumo: Introdução: As transformações nos hábitos de consumo e alimentares no Brasil a partir da segunda metade do século XX foram significativas. Grupos populacionais deixaram de consumir alimentos tradicionais e passaram a adotar produtos industrializados, resultando no abandono de práticas agrícolas de subsistência nas áreas rurais e periurbanas. A modernidade, caracterizada pela industrialização, urbanização e êxodo rural, impactou os padrões de alimentação. As mudanças acarretaram a perda da tradição alimentar baseada em alimentos frescos, locais e sazonais, e a substituição de práticas agroecológicas por métodos de agricultura intensiva. No litoral brasileiro, a introdução do turismo e a abertura das fronteiras territoriais levaram a globalização para comunidades tradicionais. O estudo proposto se concentra na história da transformação dos hábitos alimentares de uma família na Guarda do Embaú, litoral de Santa Catarina, a partir da introdução do turismo na região. Objetivos: contar a história da transição alimentar da família Leal da Silveira e entender como a chegada do turismo impactou os hábitos de consumo e cultivo na comunidade. Métodos: Estudo de caso através da Pesquisa Qualitativa Genérica, com aportes da etnografia, tendo como instrumento de campo entrevistas em profundidade semi-estruturadas. Resultados: A entrada do turismo na comunidade proporcionou oportunidades de trabalho remunerado e opções de comércios de alimentos, o que fez com que a família abandonasse o auto cultivo de alimentos e adotasse a alimentação moderna. Conclusão: O que comemos é determinado por uma série de fatores, a maioria deles alheios a nós. No caso da família, não houve um momento de decisão: o que houve foram as contingências da vida. A alimentação mudou porque a vida mudou, em uma escala global e massiva que acabou com fronteiras locais.