Agroecologia como movimento socioterritorial um estudo sobre circuitos curtos de comercialização e reforma agrária popular no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Matheus, Fernanda Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251017
http://lattes.cnpq.br/1543203681224636
https://orcid.org/0000-0002-1643-3906
Resumo: A presente tese intitulada “Agroecologia como movimento socioterritorial: um estudo sobre circuitos curtos de comercialização e Reforma Agrária Popular no estado de São Paulo”, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Geografia, na Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Tecnologia (UNESP-FCT), se propõe a discutir se e como as modalidades de circuitos curtos de comercialização, estão sendo apropriadas pelas famílias assentadas no estado de São Paulo, enquanto práticas político-organizativas, que contribuem para a espacialização e territorialização da Reforma Agrária Popular e da agroecologia e consequentemente para a construção de alternativas às formas de uso e gestão do território baseadas na lógica do capital e do agronegócio. Tal debate se insere no contexto da construção teórica e política, pautado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no programa agrário, aprovado em 2014, em seu VI Congresso Nacional. A fundamentação teórico-metodológica está pautada pelos princípios da pesquisa participante e da discussão das categorias de análise: territórios, espacialização, territorialização e suas relações com a concepção de reforma agrária e agroecologia. Os procedimentos metodológicos adotados para realização da pesquisa foram: trabalhos de campo, com visitas às áreas de assentamentos e locais de comercialização que se enquadram na categorização de circuitos curtos de comercialização; observação-participante junto às experiências em andamento e participação em eventos organizados pelas famílias assentadas e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST; entrevistas semiestruturadas não diretivas; revisão bibliográfica e documental e acompanhamento as publicações nas redes sociais. A área de abrangência é o estado de São Paulo, tendo como referência a organização territorial do MST, conformada por 10 regiões de atuação: Andradina, Campinas, Grande São Paulo, Iaras, Pontal do Paranapanema, Promissão, Ribeirão Preto, Sorocaba, Sudoeste e Vale do Paraíba. Com base nesse dado, procuramos averiguar onde estão localizadas as experiências de circuitos curtos de comercialização e de agroecologia mais estruturadas, o que nos levou a focar nossas atividades de pesquisa nas regiões do Pontal do Paranapanema, Promissão, Ribeirão Preto e Sorocaba. Os resultados obtidos nos permitem interpretar a agroecologia enquanto movimento socioterritorial e as formas de comercialização que tem como princípio o contato direto entre agricultoras, agricultores e consumidores desenvolvidas pelas famílias assentadas, como parte integrante dos fundamentos do programa agrário do MST, enquanto ações concretas, que promovem o diálogo com outros segmentos da classe trabalhadora, buscando denunciar o agronegócio e ampliar a correlação de forças para a disputa de um projeto societário, que supere a lógica de maximização do lucro em detrimento do bem comum da humanidade.