Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Catita, Flávia Barretto Correa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-02032020-170124/
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Resumo: |
Esta tese analisa o conjunto de versos de um poema herói-cômico machadiano publicado de modo fragmentado em vários momentos da vida do autor, mas nunca integralmente. A tese mostra como a composição final, feita postumamente e que se tornou a versão mais conhecida da obra, é problemática e sugere uma unidade e uma completude que nunca existiram efetivamente como resultados de ações do autor Machado de Assis. Para analisar esse percurso, o trabalho faz uma recolha das primeiras menções do escritor ao gênero herói-cômico, em crônicas da década de 1860 e reúne as publicações de fragmentos do poema, em diferentes momentos ao longo de 22 anos, e, por fim, comenta a configuração mais completa do texto, publicada no livro Outras relíquias (1910) com o título O Almada, atribuído postumamente ao conjunto dos versos. Testemunha desse processo é o manuscrito do poema, em posse da Academia Brasileira de Letras, que se apresenta incompleto, cheio de rasuras e com trechos substancialmente diferentes da versão publicada em 1910, ainda que os organizadores do livro afirmem no prefácio terem se baseado nesse manuscrito para a elaboração do volume. Assim, este trabalho procura mostrar como o texto estabelecido para publicação em 1910 possui uma série de características nunca consideradas anteriormente, como o fato de ter sido construído por várias mãos e não ter encontrado uma forma acabada pelo autor. Portanto, o que há anos se reitera como uma obra una (embora incompleta), intitulada O Almada, só existiu dessa forma depois de 1910, dois anos após a morte de Machado de Assis. A segunda parte da tese apresenta, pela primeira vez ao público, a reprodução fac-similar de todos os 210 fólios desse manuscrito, acompanhada de uma transcrição diplomática. Essa transcrição apresenta uma cópia digitalizada do original e, na página seguinte, reproduz a transcrição do documento, respeitando ortografia, pontuação e quebra de linhas, o mais próximo possível da última versão conhecida do manuscrito. Esperamos que esse material constitua instrumento de trabalho para futuras pesquisas sobre esse conjunto de versos em particular e sobre a obra de Machado de Assis de maneira mais geral. |