Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Serna, Carolina Maria Bedoya |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-24042019-095351/
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Resumo: |
A deposição de aflatoxinas em peixes é residual e cumulativa, além de causar efeitos adversos no peso, tamanho, consumo de ração e sobrevivência, demarcando amplas diferenças quanto à sensibilidade e metabolismo entre as espécies. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a transferência de aflatoxinas da ração para matrinxã (Brycon cephalus) e a influência sobre parâmetros biométricos, bioquímicos e histopatológicos. As aflatoxinas foram incorporadas na ração pelo método de imersão em metanol, obtendo-se os seguintes tratamentos: A. Controle - ração sem toxina; B. Ração + 10 µg Aflatoxina B1/kg; C. Ração + 20 µg Aflatoxina B1/kg e D. Ração + 50 µg Aflatoxina B1/kg. As aflatoxinas foram quantificadas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) no fígado e músculo de matrinxã. Para avaliação do desempenho produtivo foram mensurados o peso, comprimento, taxa de sobrevivência e consumo diário de ração. Para avaliação bioquímica e histopatológica foram realizadas coletas de sangue por punção da veia caudal para determinação das atividades séricas de aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina (FA), proteínas totais (PT), albumina (ALB) e globulina (GLOB). Para observação histológica foram coletados fragmentos de fígado, que foram processados para posterior inclusão em parafina e coloração de hematoxilina e eosina. Os peixes expostos aos tratamentos B, C e D apresentaram menor peso e comprimento (P<0,05) quando comparados com o tratamento controle, sendo os matrinxãs do tratamento C os mais afetados. O consumo de ração e a sobrevivência apresentaram diferenças a partir do dia 150 no tratamento D. Foi observado o acúmulo de AFB1 no fígado em função do aumento da concentração da toxina na ração. No tratamento D, foram observados resíduos a partir do dia 30, com valores entre 0,17 e 0,62 mg AFB1/kg. AST, FA, PT, ALB e GLOB, apresentaram alterações muito discretas, o que dificultou a identificação de danos hepáticos ou afecções à funcionalidade do fígado. A exposição à AFB1 causou degeneração gordurosa moderada e severa, degeneração hidrópica, morte celular ou células em processo de morte e desorganização do arranjo cordonal. Conclui-se que matrinxã sob condições experimentais não representa risco à saúde do consumidor, no entanto, é uma espécie sensível aos efeitos adversos das aflatoxinas. |