Avaliação da micobiota da ração e da ocorrência de resíduos de afloxitonas nos tecidos de peixes redondos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Amanda Larissa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-27112019-165116/
Resumo: Entre as espécies de pescado mais consumidas no Brasil estão os peixes redondos. A presença de fungos potencialmente toxigênicos na ração, especialmente os produtores de aflatoxinas (AF), é relevante pelo fato dessas toxinas poderem ser ingeridas pelos animais e serem cumulativas nos tecidos dos peixes, alcançando os consumidores humanos. A legislação brasileira estabelece o limite máximo de 50 µg/kg para aflatoxinas totais em rações destinadas ao consumo animal, e não há limites para as aflatoxinas (exceto AFM1) em produtos de origem animal. O estudo tem por finalidade avaliar a micobiota da ração e a ocorrência de resíduos de aflatoxinas em tecidos de peixes redondos provenientes de pisciculturas e propriedades pesque-pague. Foram coletadas 26 amostras de ração (200 g) e 30 amostras de peixes (aproximadamente 1 kg cada). O fígado e músculo foram submetidos à detecção e quantificação das aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 pelo método de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Nas rações avaliadas, a contagem fúngica obtida nas amostras variou de 2,00 a 4,70 log unidades formadoras de colônias (UFC)/g e os principais gêneros encontrados foram Penicillium (61,54%), Aspergillus (34,61%) e Rhizopus (11,54%). A AFB1 foi detectada no fígado em 70% das amostras, com concentração média de 0,38 µg/kg, enquanto que AFB2, AFG1 e AFG2 foram detectadas em 10%, 36,7% e 10% das amostras, respectivamente, com médias de 0,31 µg/kg, 0,16 µg/kg e 0,22 µg/kg, respectivamente. No músculo dos peixes foram encontradas AFB1 em 43,3% das amostras, com média de 0,24 µg/kg, AFB2 em 26,7%, com média de 0,11 µg/kg e AFG1 em 16,7%, com valores médios de 0,20 µg/kg. Conclui-se que pode haver ocorrência de resíduos de aflatoxinas no fígado e músculo de peixes redondos e deve-se controlar a exposição dos peixes às aflatoxinas, a fim de evitar riscos aos consumidores.