Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Petrokas, Rejane Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-23042018-114527/
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Resumo: |
Esta pesquisa se propôs a conhecer a experiência materna no cotidiano de cuidados dos bebês de risco no domicilio, considerando que esses cuidados são determinantes para o desenvolvimento infantil. Foram realizadas histórias orais temáticas com três mães de bebês atendidos em um núcleo de reabilitação da periferia da zona leste de São Paulo, selecionadas por conveniência. As entrevistas foram gravadas, transcritas, textualizadas e transcriadas e posteriormente analisadas segundo método da hermenêutica-crítica. Por meio de análise temática foram identificadas duas categorias como resultado: Tornando-se mãe de um bebê de risco em meio às durezas do cuidado especializado e O cotidiano de cuidados de um bebê de risco, cada qual subdividida em quatro temas. O nascimento dos bebês veio acompanhado da notícia de sua condição de risco e da necessidade de internação hospitalar, o que gerou sofrimento para as mulheres. A interação com os bebês de risco não se configurou de forma espontânea, o que trouxe marcas no processo de tornar-se mãe das mulheres. O período de internação hospitalar dos bebês se configurou para as mães como um vazio, resultando em seu investimento para a concretização da alta, de modo a poderem dar continuidade à vida e à maternidade. As mulheres assumiram o papel de acompanhantes de suas bebês durante o período de hospitalização e passaram a se apropriar de informações acerca dos cuidados envolvidos, vivendo também uma expectativa pela alta. A chegada dos bebês ao domicílio no pós-alta hospitalar configurou-se como um momento que as mães assumiram o papel de cuidadora quase exclusiva, lidando com a instabilidade da condição de saúde do bebê. A ineficiência da rede de assistência tornou essa experiência solitária, frente à descontinuidade do cuidado oferecido. Mesmo com a sensação de insegurança, as mães assumiram o cuidado rotineiro, os procedimentos especializados e o acompanhamento ambulatorial dos bebês. Com a precária oferta de programas e políticas que garantissem a continuidade dos cuidados, as mães empreenderam a construção pessoal de uma rede de cuidados. A investigação do diagnóstico das bebês constituiu-se como um processo longo, com realização de exames e encaminhamentos em serviços diversos de saúde e de reabilitação. A preocupação com o futuro das filhas, o cuidado de si e os projetos pessoais passaram a se configurar como temas para as mulheres. Com muitas tarefas a cumprir e com tempo escasso para cuidar de si, as mulheres vivenciaram desgaste físico e emocional resultante dos cuidados requeridos por seus bebês, mas em geral também referiram a experiência como prazerosa, intensa e vivida com muito afeto e interesse nesse cuidado. O fato das mães colaboradoras serem todas primíparas contribuiu para a compreensão da experiência de vivenciar a maternidade pela primeira vez na condição de torna-se mãe de um bebê de risco. Contudo, outros estudos são necessários para se conhecer as diferenças nas experiencias de mães que tiveram outros filhos anteriormente |