Influência da remoção do excesso de materiais adesivos sobre o esmalte erodido, na resistência a desafio erosivo in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Tereza, Guida Paola Genovez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25145/tde-25112015-094345/
Resumo: O uso de materiais resinosos sobre o tecido dentário é uma alternativa para a prevenção da progressão da erosão, contudo existem poucas informações sobre o efeito da infiltração resinosa na lesão de erosão. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito dos materiais resinosos sobre (sem remoção de excesso) e supostamente dentro (com remoção de excesso) do esmalte previamente erodido, submetido a desafio erosivo subsequente. Os blocos de esmalte bovino foram imersos em HCl 0,01 M, pH 2,3 durante 30 segundos para a formação de lesão inicial de erosão. Em seguida, os blocos foram divididos aleatoriamente e tratados de acordo com 8 grupos (n=12): Cc e Cs- controle sem tratamento, Hc e Hs- selante de fossas e fissuras (Helioseal Clear®), Ac e As- adesivo autocondicionante (Adhese®), Ic e Is- infiltrante (Icon®); sendo c- com remoção de excesso e s- sem remoção de excesso do material. Os materiais foram aplicados de acordo com as recomendações dos fabricantes. Nos grupos com remoção de excesso, após a aplicação dos materiais houve a remoção de seu excesso da superfície de esmalte com um cotonete, anteriormente a fotopolimerização. Após o tratamento, todos os espécimes foram submetidos à ciclagem erosiva, por meio da imersão em ácido clorídrico (0,01M; pH 2,3) por 2 minutos, seguida da imersão em saliva artificial por 120 minutos, 4 vezes ao dia, durante 5 dias. A espessura de material e o desgaste dentário foram analisados por meio da perfilometria e os resultados submetidos ao teste ANOVA a dois critérios e teste de Tukey (p<0,05). Na análise do desgaste dentário após o desafio erosivo, os grupos sem remoção de excesso (Hs, As, Is) se comportaram de forma semelhante (p>0,05), constatando-se a presença de material sobre o esmalte prevenindo a perda da estrutura dentária. Os grupos nos quais o excesso de material sobre o esmalte foi removido (Hc, Ac, Ic) resultaram em perda de esmalte após a aplicação. Além disso, esses grupos (Hc, Ac, Ic) não foram capazes de proteger o esmalte contra a erosão, uma vez que após o desafio erosivo o desgaste do esmalte destes grupos foi semelhante ao grupo controle. Com base nos resultados do presente estudo, conclui-se que os materiais resinosos são capazes de proteger o esmalte contra a erosão dentária somente quando estão presentes sobre a superfície dentária, formando uma barreira mecânica.