Efeitos de um cimento de ionômero de vidro e de um selante resinoso em esmalte bovino desmineralizado, submetido ou não a desafio cariogênico - estudo ‘in situ’

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Hoshi, Adriano Tomio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25133/tde-06022007-114758/
Resumo: Este estudo in situ avaliou em esmalte bovino desmineralizado, submetido ou não a um desafio cariogênico, os efeitos de um cimento de ionômero de vidro de alta viscosidade (CIVav) e de um selante resinoso, comparativamente a um controle (sem selamento). Doze voluntários usaram dispositivos intrabucais palatinos (DIP) contendo 12 blocos de esmalte bovino desmineralizado, fixados dois a dois para simular uma fissura em V, a qual foi selada com um dos materiais: CIVav (Ketac, Molar Easymix), selante resinoso (Delton) ou controle (sem selamento). Metade dos espécimes foi submetida ao acúmulo de biofilme, recebendo oito aplicações diárias de sacarose a 20% para provocar um desafio cariogênico, além de outras três, de solução de dentifrício fluoretado (1 g : 3 mL), enquanto a outra metade não sofreu acúmulo de biofilme, mas também recebeu o dentifrício. Após 14 dias, foram avaliadas as concentrações de flúor no biofilme e no esmalte, bem como o conteúdo mineral (microdureza em secção longitudinal). Os dados obtidos foram analisados estatisticamente ('alfa'= 5%). O teste Friedman ANOVA revelou que a concentração de flúor no biofilme foi estatisticamente maior com o uso do CIVav, em comparação ao selante resinoso e ao controle. A ANOVA e o teste de Tukey constataram que houve maior concentração de flúor no esmalte associado ao CIVav, sobretudo na ausência de desafio cariogênico, enquanto o selante resinoso e controle foram semelhantes. Em relação ao conteúdo mineral, a ANOVA e o teste de Tukey detectaram diferenças entre os grupos na camada mais superficial do esmalte. Com desafio cariogênico, o conteúdo mineral foi sempre maior no esmalte associado ao CIVav do que naquele associado ao selante resinoso, sendo que o controle apresentou resultados intermediários. Sem o desafio cariogênico, houve uma tendência de um maior conteúdo mineral no grupo controle. Os resultados sugerem que o CIVav, aplicado sobre uma superfície desmineralizada e sob desafio cariogênico, demonstrou um potencial cariostático pela sua capacidade de doar flúor à estrutura e ao biofilme dentários, minimizando os efeitos da desmineralização, mas não melhorou a remineralização.