Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Bataiero, Marcel Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-11012010-143100/
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Resumo: |
Considerando a magnitude global da tuberculose, destaca-se que os elementos da dimensão organizacional e de desempenho dos serviços de saúde que integram a Atenção Primária em Saúde (APS), são preponderantes para o controle da doença, quer seja em relação ao acesso, elenco de serviços, vínculo, coordenação da atenção, enfoque familiar, orientação na comunidade ou formação profissional. Nesta perspectiva, o presente estudo objetivou analisar a operacionalização do acesso e do vínculo, aos quais se integrou à adesão ao tratamento, dado que esta se refere, diretamente, as primeiras, além da sua importância para o controle da enfermidade. Trata-se de pesquisa quantitativa, ramo de um Projeto Matriz intitulado Avaliação das Dimensões Organizacionais e de Desempenho dos Serviços de Atenção Básica no Controle da Tuberculose em Municípios do Estado de São Paulo, tendo como referencial a teoria da determinação social do processo saúde-doença e o marco da APS. O projeto foi submetido e aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, e os dados foram coletados, de Julho a Setembro de 2008, por meio de instrumentos específicos, com questões fechadas, destinados a dois grupos de sujeitos: usuários portadores de tuberculose e profissionais de saúde que atuavam no controle da enfermidade, no âmbito de cinco Unidades Básicas de Saúde da Supervisão Técnica de Saúde da Subprefeitura Sé, no Município de São Paulo. Foram entrevistados 53 usuários e 40 profissionais de saúde. Apresentam-se os principais resultados: 79,2% dos usuários eram homens, em idade economicamente ativa (69,9%), com baixa escolaridade (77,3%) e que viviam sós (45,3%); 17,0% eram imigrantes provenientes da Bolívia e 90,5% viviam em áreas vulneráveis, que predispunham à ocorrência da tuberculose, como cortiços (39,6%), ocupações (7,5%) ou em situação de rua (43,4%); 62,2% tinham renda familiar mensal menor que um salário mínimo; 37,8% não tinham ocupação e importante parcela desenvolvia trabalhos esporádicos, com baixa qualificação; ressalta-se que 26,6% deixaram de trabalhar, após o início dos sintomas. Quanto aos profissionais entrevistados, 30,0% eram agentes comunitários de saúde, 30,0% eram auxiliares de enfermagem, 5,0% eram técnicos de enfermagem, 22,5% eram enfermeiros e 12,5% eram médicos. Quanto ao acesso, os principais pontos de estrangulamento foram: a restrição de benefícios; o número diminuído de visitas domiciliarias; dificuldade no encaminhamento para outros serviços, quando necessário; e oferecimento reduzido de informações acerca de outros problemas de saúde. Quanto ao vínculo, de modo geral, os entrevistados apontaram que se efetiva, destacando-se que, quanto menor a qualificação do trabalhador, mais importante é sua relação com os usuários. Quanto à adesão, os usuários apontaram que ocorre em função da motivação para a melhoria das condições de vida, para a recuperação da auto-estima e que os incentivos (cesta básica, vale-transporte e lanche) são importantes neste processo. Conclusão: ainda que o acesso e o vínculo se operacionalizem na região estudada, os resultados deste estudo apontam para a necessidade de aprimoramento da organização e do desempenho dos serviços de saúde da região, com o sentido de contribuir para a adesão ao tratamento e para o controle da tuberculose |