Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Mayra Fernanda de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-07102009-154050/
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Resumo: |
O presente estudo avalia o acesso ao diagnóstico da tuberculose município de Ribeirão Preto São Paulo. O estudo foi baseado num instrumento do Primary Care Assessment Tool (PCAT) elaborado por Starfield (1998; 2000), adequado e validado para o Brasil por Macincko e Almeida (2006) e adaptado para a atenção a TB por Villa e Ruffino-Netto (2007). A amostra, por conveniência, foi constituída de 100 doentes de TB residentes em Ribeirão Preto, diagnosticados entre junho de 2006 a julho de 2007. Os dados foram coletados por entrevista estruturada. Os doentes responderam às questões seguindo uma escala do tipo Likert com 5 escores. Também foram coletados dados referentes aos endereços dos doentes e condições sócio-econômicas. Foi utilizado o geoprocessamento para identificar os serviços de referência para cada doente e as distâncias entre os domicílios e os serviços de saúde. A análise dos dados foi realizada por meio de análise exploratória e, em seguida, da Análise Fatorial de Correspondência Múltipla (AFCM). Houve predomínio do sexo masculino, ensino fundamental incompleto e residentes em moradia própria. Com relação à porta de entrada observou-se que, apesar da maioria dos doentes ter procurado por atendimento em UBS, houve predomínio do diagnóstico em pronto-atendimentos e hospitais e em serviços de saúde fora da área de abrangência. Poucos doentes foram diagnosticados na atenção primária e em serviços privados. Houve maior prevalência de características que demonstram condições sócio-econômicas mais baixas. A maioria dos doentes foi captada precocemente pelos serviços de saúde. 24% dos doentes relataram dificuldade de deslocamento até os serviços de saúde que pode ter sido relacionado à perda de dia de trabalho para consultar, necessidade de utilizar transporte motorizado e de pagar pelo transporte que ocorreram na maioria dos doentes. Por meio da AFCM foi possível identificar três grupos: O Grupo 1 foi identificado como doentes diagnosticados em serviços de saúde privados, com intermediário e alto grau de escolaridade respectivamente, possuem carro, consultaram em serviços de saúde distantes de suas residências, necessitaram de transporte para consultar e tiveram que pagar pelo transporte. As barreiras organizacional e sócio-cultural foram encontradas por esse grupo. O Grupo 2 foi composto de doentes diagnosticados em UBDS e AR, com baixo grau de escolaridade, não possuem automóveis, procuraram por assistência em serviços de saúde próximos de suas residências, não utilizaram nem gastaram com transporte e perderam dia de trabalho para consultar. Para esse grupo maior barreira foi a econômica. O Grupo 3 foi composto pelos doentes diagnosticados em hospitais públicos e UBS, que sempre conseguiram consulta no prazo de 24 horas, nunca perderam o dia de trabalho para consultar e nunca tiveram dificuldade para se deslocar até a unidade de saúde. Esse grupo apresentou como principal barreira a organizacional. |