Construção de uma escala de empregabilidade: competências e habilidades pessoais, escolares e organizacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Campos, Keli Cristina de Lara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-10052007-172925/
Resumo: O uso recente do termo Empregabilidade refere-se às competências, habilidades e atitudes gerais esperadas para uma pessoa conquistar e manter um trabalho ou emprego. O crescimento das exigências de qualificação laboral e a complexidade do tema têm aumentado o número de pesquisas na área, destacando-se o estudo das características pessoais, crenças e atitudes que podem exercer influência sobre a eficácia nessa conquista. A presente pesquisa objetivou a construção e validação de uma Escala de Empregabilidade que visa avaliar quais os fatores que estão relacionados a um resultado positivo na busca de emprego. A amostra inicial foi composta por 628 estudantes universitários de ambos os sexos, dos cursos de Administração, Engenharias e Psicologia de instituições públicas e privadas do Estado de São Paulo. O instrumento proposto foi composto por 88 itens, referentes a 11 (onze) fatores/variáveis, aplicados de maneira coletiva, em uma escala tipo Likert de quatro (4) pontos cujos descritores são "seguramente sim", "creio que sim", "creio que não" e "seguramente não". Após 9 (nove) meses da primeira aplicação os participantes foram contatados por email para saber se estavam ou não empregados em sua área de formação, o que resultou em 274 retornos. Tal amostra serviu de base para a validação do instrumento. As análises estatísticas permitiram redefinir a Escala obtendo-se 57 itens, dispostos em 4 fatores/variáveis denominados: Eficácia de Busca; Dificuldade de busca; Otimismo; e Responsabilidade e Decisão. Os valores estatísticos foram suficientes para confirmar sua fidedignidade e indicá-la para estudos futuros. Dentre os resultados mais significativos tem-se que os sujeitos com maior índice de auto-eficácia de busca de emprego conseguem colocação mais rapidamente, bem como as auto-valorações positivas como confiança, extroversão e auto-estima foram diferenciais significativos na conquista de uma ocupação, entendendo-se que a obtenção do emprego é mais influenciada pelos traços de personalidade, do que pelas características biográficas. Os alunos das Engenharias apresentaram melhor desempenho que aqueles da Administração e da Psicologia, notando-se ainda que os formandos de instituições privadas obtiveram melhor pontuação total no instrumento. Conclui-se que a Escala de Empregabilidade proposta conseguiu discriminar adequadamente os comportamentos relacionados a um resultado positivo na busca de emprego. Vale ressaltar que, os agrupamentos realizados neste estudo demonstraram uma relação importante com a conquista profissional, o instrumento também diferenciou satisfatoriamente os participantes que conseguiram êxito dos que não conseguiram êxito profissional. A criação da Escala de Empregabilidade buscou compreender mais sobre as variáveis relevantes à conquista profissional e espera contribuir para as áreas de Psicologia do Trabalho e Avaliação Psicológica.