A escravidão em São Mateus/ES: economia e demografia (1848-1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Russo, Maria do Carmo de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-04052012-124952/
Resumo: O presente estudo tem por finalidade abordar aspectos demográficos e econômicos da escravidão em São Mateus, região do norte do Espírito Santo, na segunda metade do século XIX. O porto da vila de São Mateus (cidade a partir de 1848), considerado um vetor de desenvolvimento, escoava a produção agrícola regional, principalmente a farinha de mandioca e, posteriormente, o café, abrigando também um ativo mercado de escravos. Colocamos em destaque certas características das estruturas agrárias e sócio-econômicas da região de São Mateus, procurando demonstrar a importância da instituição escravista em tal contexto, assim como as especificidades da escravidão nesta área. Para tanto, consultamos e analisamos documentos cartoriais da cidade - livros do Notariado ou Livro de Notas - do Cartório de 1º. Ofício, onde se encontram registros de alforrias, de compra e venda, hipotecas, doações, aluguel de escravos, dentre outros, relativos ao período de 1863 a 1888. Utilizamos também os registros oficiais referentes à escravidão produzidos no âmbito do governo provincial, sobretudo os Relatórios dos Presidentes da Província a partir da década de 1840 e a legislação contida no Ementário das Leis Provinciais (1835-1888) e nas Posturas Municipais, no período estudado. Neste contexto procurou-se destacar as peculiaridades regionais inerentes à região em foco, sua formação histórica, sua oligarquia agrária, assim como sua relação com o porto marítimo de Conceição da Barra, outrora, Barra de São Mateus, para num segundo momento, analisar especificamente a escravidão nesta região no período estudado, destacando as contribuições que a pesquisa nesta documentação traz para o conjunto da historiografia capixaba.