Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Bastos, Marise Bartolozzi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-21092012-105601/
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Resumo: |
A proposta do presente trabalho foi examinar as incidências do educar no tratar para pensar os desafios de uma clínica psicanalítica da psicose infantil e do autismo. Muitos trabalhos vêm discutindo as contribuições da psicanálise para a educação, ou seja, as incidências do tratar no educar; nossa proposta aponta em outra direção, ou seja, propusemo-nos a pensar as muitas incidências do educar no tratar. Buscamos perseguir a presença do educativo no tratamento, de modo a fazer ressaltar sua dimensão terapêutica na clínica da psicose infantil e do autismo, apontando então para uma clínica ampliada, na qual a educação tem uma especial participação. Elegemos três eixos temáticos a serem percorridos para dar sustentação às nossas proposições, a saber: as incidências do educar no tratar, a clínica psicanalítica da psicose infantil e do autismo, o trabalho de Educação Terapêutica com a escrita. Ao examinarmos as incidências do educar sobre o tratar, encontramos diferentes sentidos para o ato educativo que, ao ser aplicado no tratamento de crianças psicóticas e autistas terão, como consequência, diferentes direções de tratamento. Com o médicopedagogo Jean Itard temos a incidência do educativo no nascimento do tratamento psiquiátrico da criança: encontramos aí uma reeducação. Outros sentidos do educar foram localizados e discutidos. Apresentamos a primeira educação que teria como princípio introduzir o bebê humano no campo da linguagem, a educação do inacabado que, em certa medida, também está referida à primeira educação, pois assinala o campo de cuidados com a primeira infância que promove a constituição psíquica e a educação como transmissão de marcas da cultura, e aqui se incluem as práticas escolares e a aquisição da escrita. O exame da clínica psicanalítica com crianças psicóticas e autistas levou-nos à abordagem do autismo e da psicose infantil como efeito dos entraves dessa educação fundamental ou primeira educação. Como pensar, então, a incidência do educar no tratamento das crianças psicóticas e autistas? Abrimos caminho, então, para pensar uma clínica psicanalítica na qual educar e tratar estariam colocados em uma relação de continuidade, indicando que a psicanálise e a educação não estariam em campos disjuntos. Nosso trabalho examinou o dispositivo da Educação Terapêutica como um conjunto de práticas de tratamento institucional que aposta em um tipo de intervenção que inclui as práticas educacionais pela via do trabalho com a escrita e marca um campo de trabalho na clínica psicanalítica ampliada em que o tratar e o educar podem ser pensados como em uma banda de Moebius, na qual o avesso e o direito apresentam uma continuidade e não uma relação de oposição |