As incidências da psicanálise nas instituições de atendimento a crianças e adolescentes com transtornos psíquicos graves

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Volmir Mielczarski dos
Orientador(a): D'Agord, Marta Regina de Leao
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/172295
Resumo: As questões desenvolvidas na escrita desta tese são decorrentes de um percurso desde uma prática clínica interdisciplinar psicanalítica em instituição. Tal prática se desenvolveu em diferentes contextos institucionais, tanto relativos à área da educação como da saúde mental, voltados ao atendimento de crianças e adolescentes com diferentes dificuldades relativas à sua constituição psíquica. No curso destas vivências, nos deparamos com a exigência de fundamentação de nossas intervenções. No momento em que passamos a nos dedicar nestes contextos à criação de novas modalidades clínicas de atendimento, nosso trabalho de fundamentação se dirigiu a uma elaboração teórico-clínica destas modalidades. Na presente tese procuramos formalizar tal elaboração a partir de um exercício de refinamento de enunciados e conceitos na direção da possibilidade de sustentação de uma práxis psicanalítica nas equipes e nas instituições. Assim como Lacan formalizou ato e discurso psicanalítico desde o método clínico psicanalítico legado por Freud, partimos de uma premissa inicial: que podemos de forma homóloga destacar elementos de uma práxis clínica que, transpostos para o trabalho das equipes e das instituições voltadas ao acolhimento e tratamento de crianças com autismos e psicoses, favoreçam a proposição de dispositivos clínicos psicanalíticos Tomamos como base para uma elaboração metodológica um diálogo com experiências institucionais que organizam a proposição de dispositivos de atendimento a crianças e adolescentes com autismos e psicoses desde o referencial psicanalítico. Desde o destaque da lógica subjacente à organização destas instituições, realizamos uma reflexão sobre quais condições mínimas são necessárias na inserção de dispositivos de atendimento em equipes e instituições, não necessariamente psicanalíticas, para que consideremos que estejamos trabalhando desde a lógica de um dispositivo clínico psicanalítico. Com os elementos de nossa elaboração pretendemos oferecer ferramentas teórico-clínicas àqueles profissionais que se deparam cotidianamente com os desafios e impasses no acolhimento e atendimento de crianças e adolescentes com autismos e psicoses. Assim estimular tanto a elaboração dos dispositivos em andamento quanto a sua criação nos espaços em que estão ausentes.