Família, escola e grupo de pares: agentes nos processos de socialização para a sexualidade de adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pinto, Christiane Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-12092024-152422/
Resumo: A partir das transformações sócio-culturais advindas notadamente de conquistas do movimento feminista, o comportamento sexual contemporâneo vem sendo (re)modelado, de modo que as possibilidades de experimentação sexual na juventude e na adolescência apresentam-se expandidas. Tais conquistas abarcam, contudo, alguns desafios para adolescentes, incluindo o aprendizado de regras sociais que regem as relações entre as gerações, assim como entre os gêneros, ao lado do manejo dos cuidados contraceptivos e preventivos contra IST/HIV, que se apresentam como questões relevantes nas áreas da Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva. Nesta tese, busco compreender os papéis desempenhados por algumas instâncias socializadoras, dentre as quais a família, a escola e os grupos de pares, nos processos de aprendizado da sexualidade de adolescentes, buscando desvelar lógicas associadas a adoção de práticas de contracepção e de prevenção, relacionadas ao contexto de vida e às relações de gênero vivenciadas. Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, onde foram entrevistados 24 adolescentes, garotos e garotas, estudantes, com idades entre 15 a 19 anos. O tratamento e análise das narrativas apontou para a relevância da aceitação da sexualidade adolescente, ao lado da manutenção de uma relação de confiança entre adolescentes e cuidadores. Tais elementos figuram como propiciadores da construção da autonomia sexual de adolescentes, além de fortalecerem as possibilidades de construção de bons relacionamentos afetivos por adolescentes, favorecendo a adoção de práticas contraceptivas e preventivas de IST/HIV.