Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Luis Eduardo Barros Costa |
Orientador(a): |
Pilotto, José Henrique da Silva,
Morgado, Mariza Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12916
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Resumo: |
Introdução: A transmissão sexual é responsável por aproximadamente 90% dos casos novos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) no mundo. As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) constituem um importante cofator na aquisição deste vírus. Dados acerca da co-infecção HIV/ISTs em gestantes, população considerada de alto risco para sua aquisição, são escassos. O objetivo principal do nosso estudo foi descrever as características sociodemográficas e aspectos clínicos de uma coorte de gestantes infectadas pelo HIV e avaliar a prevalência de diversas ISTs e fatores associados à co-infecção HIV/ISTs, além de estabelecer correlações entre a ocorrência destas infecções e a morbimortalidade perinatal neste grupo de pacientes. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com gestantes infectadas pelo HIV, recrutadas entre 2005 e 2007, no Hospital Geral de Nova Iguaçu, centro de referência de atendimento de HIV/ISTs. As diversas variáveis de interesse foram coletadas por meio de formulário pré-estruturado. Resultados: Ao todo, 210 pacientes, a maioria com baixos níveis de escolaridade e renda familiar, participaram do estudo; destas, 137 (65,2%) possuíam ao menos uma IST além do HIV. A média de idade foi de 26 anos. As prevalências de infecção por vírus herpes simplex tipo 2 (HSV-2), sífilis, infecção por clamídia e pelo vírus da hepatite B foram, respectivamente, 66%, 10,5%, 5,3% e 2,9%; menos de 1% das pacientes apresentava sorologia reagente para vírus da hepatite C ou infecção gonocócica. A co-infecção mais comum, excluindo infecção pelo HIV, foi sífilis/HSV-2; nenhuma paciente apresentou mais de três ISTs além do HIV A única variável associada à co-infecção HIV/ISTs após análise multivariada foi número médio de gestações prévias (3,6 x 2,8; OR: 1,33 (IC 95%: 1,11-1,59); p=0,002). Complicações no período periparto ocorreram em 8,7% das gestações; o diagnóstico de IST durante a gestação não se associou a desfechos gestacionais adversos. Conclusão: O grau de exposição de um indivíduo às ISTs, representada pelo número de gestações, se relaciona à aquisição das mesmas. A elevada prevalência de ISTs neste grupo de pacientes evidencia o elevado impacto destas infecções na população jovem da Baixada Fluminense, possivelmente resultando em aceleração da epidemia de AIDS nesta região. A identificação e tratamento oportunos destas infecções pode evitar consequências prejudiciais para o recém-nascido, além de possivelmente prevenir complicações para a gestante |