Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Falquetti, Letícia Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-20062022-161710/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: O câncer de cólon é importante causa de morte em humanos e vários compostos naturais reduzem sua incidência tanto em humanos quanto em animais de experimentação. Para otimizar seu uso na nutrição humana e nas estratégias de quimioprevenção, é necessário um entendimento mais profundo dos mecanismos envolvidos em seus efeitos protetores contra o câncer. A curcumina, um composto fenólico natural da cúrcuma (C.longa), é um dos compostos naturais mais potentes que inibe a carcinogênese colônica, exercendo esse efeito por múltiplos mecanismos. Aqui, verificamos, de forma inédita, os efeitos da curcumina na fase de iniciação da carcinogênese do cólon, usando um protocolo que foi desenvolvido especificamente para esse fim. MATERIAL E MÉTODOS: A curcumina foi administrada em três doses (48h, 24h e 8h) antes da aplicação do enema do carcinógeno MNNG (metil-n-nitro-n-nitrosoguanidina). Dos 60 camundongos C57BL / 6 machos, 30 receberam curcumina por gavagem (0,35mg / kg - 200uL / animal) nos grupos AC (controle adulto), ACM1 e ACM2 (MNNG + Curcumina 72 horas e 6 semanas animais adultos), YC (controle jovem), YCM1 e YCM2 (MNNG + Curcumina 72 horas e 6 semanas animais jovens. Oito horas após a última aplicação de curcumina, o carcinógeno MNNG (60mg/kg) foi administrado por enema em todos os grupos, exceto no controle. A eutanásia ocorreu 72 horas ou 6 semanas após a aplicação do carcinógeno. A indução da carcinogênese foi avaliada através da contagem de criptas colônicas displásicas. A marcação por imunoistoquímica foi utilizada para a contagem de células marcadas pelo antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA). Para verificação de danos ao material genético, foi feita reação de imuinoistoquímica para histona gama-H2AX (H2AX). A apoptose foi avaliada pela quantificação de corpúsculos apoptóticos (índice apoptótico) e pela marcação de Caspase-3, o sistema antioxidante foi avaliado por marcação de metalotioneínas (MT) e superóxido dismutase (SOD), bem como foi feita a avaliação da expressão da proteína oncomoduladora c-fos. RESULTADOS: O pré-tratamento (ou tratamento profilático) com curcumina antes da aplicação de MNNG levou a redução significativa no número de lesões pré-neoplásicas no cólon (criptas displásicas) encontradas 6 semanas após a aplicação do carcinógeno. Além disso, o pré-tratamento com curcumina reduziu significativamente a taxa de proliferação celular, aumentou a expressão de enzimas antioxidantes como SOD e MT, diminuiu o dano ao DNA causado por MNNG nas células epiteliais do cólon, conforme demonstrado pela contagem dos núcleos corados com H2AX e c-Fos, aumentando drasticamente os níveis de apoptose celular, como pode-se observar pela elevação do índice apoptótico e marcação de casp-3. CONCLUSÃO: Conclui-se o tratamento profilático com curcumina inibe a carcinogênese do cólon, sendo que os possíveis mecanismos envolvidos são: indução da apoptose, aumento da expressão das enzimas antioxidantes SOD e MT e a redução do dano ao DNA. |