Efeitos do Orlistat na proliferação celular da mucosa colônica e na formação de focos de criptas aberrantes induzidos por Dimetilhidrazina em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Barros, Luane Taísa da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-19012007-145650/
Resumo: O Orlistat é um membro de uma classe de drogas usadas como tratamento para obesidade. No entanto, a segurança de seu uso em longo prazo ainda não é conhecida. O Orlistat exerce sua atividade no lúmen do trato gastrintestinal inibindo a enzima lipase pancreática, responsável pela hidrólise dos triacilglicerídeos normalmente ingeridos com a dieta. Esse medicamento, quimicamente sintetizado, é um derivado da lipstatina, inibidora natural da lipase produzida pelo Streptomyces toxytricini. Assim, a excreção de gordura fecal fica significativamente aumentada com o uso do Orlistat. Estudos epidemiológicos e em modelos experimentais, sugerem que o aumento das dietas hipergordurosas tem efeito promotor para o câncer colorretal. Tal efeito deve ser relacionado, pelo menos parcialmente, às mudanças intra-colônicas causadas pela ação direta da gordura nas células da mucosa do cólon, os colonócitos. O estudo atual tem como objetivo verificar os efeitos do Orlistat na formação colônica de focos de criptas aberrantes (FCA) e na proliferação celular epitelial da mucosa gastrintestinal. Ratos Wistar machos receberam dieta padrão ou dieta com aumento de gordura, suplementada ou não com Orlistat (200 mg/kg), e duas doses semanais do carcinógeno químico Dimetilhidrazina (DMH) (25 mg/kg). Após 30 dias, nos animais tratados com DMH, o Orlistat foi associado a um aumento significativo no número de FCAs colônicos e na proliferação celular epitelial da mucosa do cólon, independentemente da dieta. Os achados obtidos neste trabalho permitem concluir que o aumento do teor de gordura na luz do cólon distal, em decorrência da ação do Orlistat, pode potencializar a ação da DMH na formação de FCAs e no aumento da proliferação celular epitelial da mucosa colônica.