Efeitos da capsaicina na etapa de promoção/progressão da carcinogênese química de colón em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Tablas, Mariana Baptista [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180429
Resumo: A capsaicina (8-metil-N-vanilil-trans-6-nonamida) é uma substância alcaloide de natureza lipofílica, responsável pela pungência de pimentas e pimentões. Apresenta propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante bem descritas na literatura científica. Assim, este projeto teve como objetivo investigar se a capsaicina apresenta efeito quimioprotetor quando administrada na etapa de promoção/progressão da carcinogênese de cólon induzida pela 1,2-dimetilhidrazina (DMH). Ratos Wistar machos foram alocados em seis grupos experimentais com 10 a 15 animais cada. Os animais dos grupos 1-3 receberam quatro injeções subcutâneas (s.c) do carcinógeno DMH (40mg/kg, duas doses/semana) e os animais do grupo 4-6 receberam quatro injeções s.c de solução de EDTA .Os grupos 2 e 4 receberam por gavagem 5mg/kg p.c e os grupos 3 e 5 receberam 50mg/kg p.c de capsaicina diluída em óleo de milho até o final da 24ª semana do experimento. Após a eutanásia dos animais, os cólons distal, medial e proximal foram corados com azul de metileno a 2% para detecção de focos de criptas aberrantes (FCA). Após a análise de FCAs, os cólons foram processados para análise histológica e classificação de tumores. As amostras congeladas foram utilizadas para análise de expressão de gênica pela técnica Taqman® Low Density Array (TLDA). Os níveis séricos de ALT (p=0,346) e creatinina (p=0,854) foram semelhantes entre os grupos, mostrando que as doses de capsaicina utilizadas não apresentaram ação citotóxica para o fígado e rins. Na análise estereoscópica de FCA, observou-se diminuição significativa de lesões no cólon do grupo que recebeu a maior dose de capsaicina (G3) em relação ao grupo G1 (p< 0,05). Redução nos níveis de proliferação celular nos tumores colônicos (p=0,0002), nas criptas colônicas normais (p= 0,0071) e na incidência de adenocarcinoma tubulares foram menores no grupo G3 em relação ao grupo G1. Na análise de expressão gênica dos tumores foi observada menor expressão dos genes Cebpd e Faslg responsáveis pela diferenciação celular, crescimento tumoral, invasividade e proliferação celular no grupo G3 em relação ao G1. Concluímos que este estudo apontam para efeitos supressores da capsaicina no desenvolvimento de lesões colônicas pré e neoplásicas.