Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Andrea Gobetti Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-19052015-143414/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A incidência de tuberculose (TB) em Santos (SP) situa-se em 73/100.000 habitantes-ano. A prevalência média de coinfecção TB/HIV é de 16%, taxas de cura e abandono de tratamento, entre casos novos são, respectivamente, 71% e 12%. Tais indicadores sugerem elevado risco para TB multidroga resistente (TBMR) no município, com incidência estimada em 1,9/100.000 habitantes-ano. OBJETIVO: Descrever e analisar o perfil de sensibilidade às drogas (TS) de primeira e segunda linha de tratamento entre pacientes com TB pulmonar (TBP), estimar a incidência de TBMR e a proporção de TB extensivamente resistente (TBXR); analisar aspectos moleculares, epidemiológicos e institucionais dos casos de TBP resistentes em Santos (SP). MÉTODOS: Estudo descritivo de uma coorte de pacientes de TBP, com início de tratamento ou retratamento entre 01 de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2012. Definiu-se como caso de TBP, indivíduos com 15 anos ou mais, de ambos os sexos, residentes no município de Santos, com manifestações clínicas compatíveis com TBP e confirmação por cultura com isolamento de Mycobacterium tuberculosis. As variáveis de interesse para o estudo foram as características sociodemográficas, história atual e pregressa de TB, aspectos relativos ao tratamento, co-morbidades, ao diagnóstico e resistência a drogas. Para as análises comparativas entre proporções foram usados os testes qui-quadrado de Pearson e o Exato de Fisher e para variáveis contínuas o teste T de Student ou o de Kruskal - Wallis. Os perfis genéticos dos isoladas resistentes a ao menos uma droga foram obtidos pela técnica RLFP e analisados pelo programa Bionumerics versão 5.0 (Applied Maths - Bélgica). A descrição da distribuição espacial da TB resistentes e clusters foram feitas mediante a inserção dos casos no mapa de Santos, por endereço de residência, segundo o índice de vulnerabilidade social. RESULTADOS: Dos 263 casos de TBP selecionados, 68,4% (180/263) eram do sexo masculino, a mediana da idade foi de 38 anos, 8,7% (23/263) eram diabéticos; 20,4% (42/206) dos casos novos apresentavam ao menos um fator de risco para TBMR; destacando-se entre estes casos 10,7% (22/206) de confecção HIV/TB; 47,3% (123/260) tiveram tratamento supervisionado, 14,7% (91/617) dos contatos foram examinados, 18,6% (49/263) foram hospitalizados durante o tratamento, perfazendo uma média de 145,4 dias por paciente. Entre os casos resistentes a ao menos uma droga, a resistência à isoniazida foi 8,4% (22/263) e à rifampicina 3,8% (10/263) dos casos. A TBMR primária foi encontrada em 1,9% (4/206) dos casos e destes 25,0% (1/4) eram TBXR. A incidência média anual de TBMR foi de 0,57/100,000 habitantes. Dos 25 isolados resistentes ao menos uma droga, submetidos à RFLP, 12 (48,0%) foram agrupados em seis grupos genéticos, com dois pacientes em cada grupo. CONCLUSÕES: A elevada proporção TBMR primária, com um caso de TBXR enfatizam a necessidade de universalizar a cultura e TS, ampliar a cobertura do tratamento supervisionado, a investigação rotineira dos contatos e o monitoramento da resistência a drogas. O fortalecimento da vigilância da resistência às drogas é indispensável para o contínuo aperfeiçoamento do Programa de Controle da TB, especialmente em regiões de elevada carga da doença |