Prevalência da tuberculose resistente na Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Meneses, Rosângela Palheta de Oliveira
Orientador(a): Pereira, Susan Martins
Banca de defesa: Braga, José Ueleres, Matos, Eliana Dias
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16410
Resumo: Introdução: Este estudo analisou o perfil da resistência aos medicamentos contra a tuberculose, a partir da participação do estado da Bahia no II Inquérito Nacional de Resistência a Drogas em Tuberculose realizado nos anos 2006 e 2007. Método: Estudo transversal, do tipo descritivo, exploratório, realizado em 16 municípios do estado da Bahia. Foram incluídos os sintomáticos respiratórios que tiveram tuberculose confirmada por baciloscopia e cultura e foram notificados no SINAN. Foi estimada a prevalência de resistência (primária, adquirida, multirresistência, monorresistência a Isoniazida) e analisadas associações segundo sexo, idade, raça/cor, escolaridade e comorbidades. Resultados: Entre os 687 casos de tuberculose estudados e com informações disponíveis no SINAN, 67,1% eram do sexo masculino; 52,4% estavam na faixa etária ≥25 e < 45 anos, 87,3% eram não brancos (562/644) e as comorbidades identificadas foram 20,8% HIV+, 1,2% com Aids, 17,2% com problemas de alcoolismo, 4,4% com diabetes e 1,5% com doença mental. Verificou-se que a resistência primária foi 10,59% e a resistência adquirida foi 16,44%. A multirresistência (MR) global foi observada em 1,3% dos pacientes, a MR primária de 0,81%, a MR adquirida de 5,47% e a monorresistência a isoniazida foi 3,8%. Considerações Finais: Concluiu-se que a multirresistência aos tuberculostáticos na Bahia é baixa, entretanto as prevalências da resistência primária e da resistência adquirida são altas. A análise destes resultados poderá colaborar na definição de estratégias para o efetivo controle da doença no estado e sugere-se que novas investigações busquem identificar os fatores que contribuem para a resistência primária, indicador da ocorrência da transmissão da TBMR na comunidade.