Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Dornelas, Camila Carrari |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-22052017-140335/
|
Resumo: |
É notória a maciça participação da mulher na profissão docente. Inúmeros trabalhos contribuem significativamente no sentido de investigar esse fenômeno, tanto quantitativa quanto qualitativamente. No entanto, a chamada feminização do magistério não se refere exclusivamente à forte presença das mulheres na profissão docente, mas, também, à associação das atividades e significados dessa profissão ao universo feminino, historicamente. Através do discurso, acreditamos ser possível acessar o que há de singular no sujeito, ou seja, o inconsciente, assim como as marcas sociais e históricas que o caracterizam. Dessa forma, apresentamos os resultados de nossa pesquisa de mestrado, fundamentada nas contribuições da Análise do Discurso Francesa (pêcheuxtiana) como instrumento teórico-metodológico da psicanálise freudo-lacaniana e das Ciências da Educação, que buscou investigar de que forma os sujeitos inscritos nesta pesquisa se constituem como professoras e as possíveis relações que se estabelecem com a condição feminina. Para tal intento, ao partimos de um enfoque discursivo, fizemos uso de depoimentos orais de quatro professoras atuantes no Ensino Fundamental, em uma escola na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Os depoimentos orais, advindos de entrevistas semiestruturadas, foram gravados e transcritos e, posteriormente, selecionamos recortes que constituíram nosso corpus de análise. As análises realizadas trazem marcas e indícios linguístico-discursivos que apontam para o reconhecimento de que: 1) os processos de subjetivação docente, ainda nos dias atuais, são atravessados por componentes ideológicos e inconscientes, que guardam íntima relação com a condição feminina; 2) as professoras são capturadas ideológica e inconscientemente, no que diz respeito às suas escolhas profissionais e práticas docentes; 3) sentidos sócio-historicamente produzidos, legitimados e naturalizados concernentes ao feminino, à profissão docente e à posição professora são observados nas formulações atuais, que atualizam a memória discursiva das mesmas; 4) o reverberar da necessidade de se dizer dos sujeitos ouvidos nesta pesquisa, aponta para a premência de existirem espaços discursivos (ASSOLINI, 2011, 2013) nos cursos de formação docente que possibilitem ao sujeito-professor(a) falar de si e (re)significar seus saberes e fazeres docentes |