Processos de subjetivação docente: sentidos de ser professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18501 |
Resumo: | Este trabalho tem a pretensão de investigar como se dão os processos de subjetivação docente e os sentidos de ser professor do Ensino Fundamental em disputa nas propostas curriculares do município do Rio de Janeiro. A justificativa de tal investigação se dá em função de compreender de que modo os múltiplos sentidos de ser professor estão constituídos nas políticas curriculares municipais Multieducação (com os significantes “Multieducação” e “sala de aula do tamanho do mundo”) e Documento Curricular 2020 (pelos significantes “competências” e “habilidades”), suas possibilidades de sentidos e as relações com as demandas do social. Os textos em análise referem-se à rede municipal de educação do Rio de Janeiro. A escolha pelas políticas curriculares da Multieducação e do Documento Curricular 2020 se justifica por se tratar de momentos específicos na política curricular carioca. A potencialidade do jogo político dos sentidos que intentam produzir diz respeito ao contexto em que as políticas se apresentaram, a forma como foram conduzidas e as tentativas de fixação que objetivaram colocar sobre os significantes aqui escolhidos a disputa de sentidos. É nessa balança de sentidos em relação à questão dos processos de subjetivação docente que os discursos se apresentam e disputam a fixação provisória, parcial e momentânea, possibilitando-nos analisar as articulações que daí advêm. Numa direção, a Multieducação se apresenta como uma política diferenciada e arrojada para o contexto da época; em outro caminho, a política do Documento Curricular 2020 se apresenta num momento de transição com a promulgação da Base Nacional Comum Curricular. Isso nos instiga a pesquisar sobre os sentidos que ambas as políticas trazem e que possibilidades de significação elas podem impactar sobre os processos de subjetivação docente nos professores dos anos iniciais para os dias atuais em relação à política curricular da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME/Rio). Como objetivos específicos temos: analisar os processos de subjetivação docente nas propostas curriculares municipais de 1996 e 2020; relacionar os impactos da contemporaneidade nos processos de subjetivação docente e investigar as fixações discursivas nos documentos oficiais em relação à política curricular municipal que impactam a subjetivação docente. Como aspecto teórico-metodológico, utilizaremos a pesquisa bibliográfica e documental, que se faz importante na medida em que os textos e documentos também são discursos e fontes de informação e problematização que ajudaram a compor as análises. Para auxiliar nessa pesquisa, trago como referenciais teóricos Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, Stuart Hall e Zygmunt Bauman. Em Laclau e Mouffe, evidencia-se a Teoria do Discurso para compreender os processos discursivos nas políticas curriculares, correlacionando nessa análise as categorias de hegemonia, antagonismo, lógica da diferença, lógica da equivalência, significante vazio, significante flutuante, sujeito e pontos nodais. Em Stuart Hall, as contribuições sobre o conceito de identidade e suas relações com a contemporaneidade. Em Zygmunt Bauman, suas reflexões sobre a identidade na modernidade líquida. |