Circular é preciso! A expansão capitalista no entorno do rio Amazonas: do desencontro ao encontro territorial no Baixo Amazonas Paraense.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cordovil, Gilber Valério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-11112021-192842/
Resumo: Para aplicação da teoria e conceitos, este trabalho adotou como recorte espacial cinco cidades do Baixo Amazonas Paraense, todavia, é na cidade de Santarém que se concentra o maior esforço. Nesta pesquisa, o principal objetivo foi analisar o capital em circulação para identificar e compreender a sua manifestação empírica no Baixo amazonas Paraense. Da mesma forma foi intenção deste trabalho analisar as tramas de relações para entender o capital ocupando o lugar no momento em que ele se põe em circulação (movimento e metamorfose). Igualmente foi pretensão analisar o capital em circulação para entender as características de seu desenvolvimento; de igual modo também foi intenção identificar as metamorfoses materiais na área de estudo para entender no que elas se transformam para a circulação ampliada do capital. Da mesma forma identificar e compreender os impactos sociais que esta circulação tem gerado na cidade de Santarém. Por fim, entender o papel do sistema de transporte fluvial local para o capital. Neste trabalho foi combinado dois tipos de abordagens: quantitativa e qualitativa. Para a obtenção de dados foram realizadas pesquisas de campo e documental, e para o embasamento teórico e conceitual foi realizada pesquisa bibliográfica. A dialética foi o método que coibiu a subjetividade e que direcionou essa investigação em direção a produção de um conhecimento racional, uma vez que se considera as manifestações fenomênicas histórica, relacional e social. Durante o desenrolar deste trabalho são apresentados os resultados, dentre eles pode-se destacar que no ato do capital em circulação, ao mesmo tempo que a sua metamorfose produziu o desencontro das sociedades elementares no Baixo Amazonas, em outro ponto de história, ocorreu o encontro territorial de índios, quilombolas e ribeirinhos em Santarém; que para o fato objetivar-se ele necessita de uma trama de relações políticas, jurídicas e ideológicas, as quais também são necessárias para justificar e validar as ações de ocupação do lugar, a construção do sistema físico de troca é para diminuir o tempo de circulação do capital, pois quanto mais rápido o dinheiro inicial realiza-se, mais habilmente ele transforma-se em capital e adquiri novos valores. Por mais que a história do transporte fluvial local confunda-se com a história da região, ele está sob a hegemonia do capital. Assim, os resultados indicam que enquanto os diferentes segmentos sociais mantiverem o encontro territorial, mesmo com suas diferenças e indiferenças, eles terão a real possibilidade de manter as condições materiais de sua existência em suas respectivas territorialidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas. De forma que a expansão do capital para o Baixo Amazonas Paraense apenas produz desenvolvimento no discurso, pois o que se produz de fato é a igualização da produção.