Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Muner, Kerstin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-21012022-183500/
|
Resumo: |
A COVID-19 (do inglês, coronavirus disease 19), doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 (coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2), tem se espalhado pelo mundo com números alarmantes de casos e óbitos. Por estarem na linha de frente no combate à pandemia, muitos profissionais de saúde adoeceram ou vieram a óbito devido ao novo coronavírus. Tratando-se de uma doença nova de transmissão respiratória, em que tratamentos efetivos ainda não estão disponíveis, o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) é essencial. Assim, em abril de 2020, a plataforma EPISaúde (https://www.episaude.org/) foi criada por especialistas em biossegurança com o objetivo de trazer informação de qualidade, por meio de textos, vídeos e infográficos, sobre o correto uso, manutenção e descarte dos EPIs para profissionais de saúde. Juntamente com a plataforma, foi disponibilizado um questionário com 41 perguntas que tinha como objetivo avaliar a percepção e uso de EPIs por profissionais de saúde brasileiros, no início da pandemia de SARS-CoV-2, por meio de perguntas objetivas e análise de conteúdo de depoimentos e dúvidas enviadas à plataforma EPISaúde. Um total de 1.410 questionários foram analisados, sendo que as respostas foram comparadas entre profissionais de saúde que atendiam ou não atendiam pacientes com COVID-19, e análises de conteúdo do discurso destes profissionais em perguntas abertas foram realizadas. Além disso, foram criados modelos de regressão para a avaliação de possíveis fatores preditores da falta de treinamento, níveis de estresse, percepção de biossegurança no ambiente de trabalho, reutilização do respirador N95 e acesso a EPIs. Nossos resultados indicam a falta de preparo de profissionais e instituições de saúde na fase inicial da pandemia de SARS-CoV-2 no Brasil. Embora instituições e profissionais de saúde tenham sofrido com a escassez de EPIs mundialmente, a reutilização de EPIs no Brasil não foi um evento pontual associado à pandemia de SARS-CoV-2, mas sim uma prática já instalada, assim como a falta de treinamento para o uso, manutenção e descarte de EPIs, e do teste de vedação do respirador N95. Todos estes fatores podem contribuir para o risco de infecção de profissionais de saúde em seus ambientes de trabalho. Este foi o primeiro estudo a incorporar análise de conteúdo como uma estratégia de abordar a percepção de profissionais de saúde sobre fatores relacionados ao uso de EPIs durante a pandemia de SARS-CoV-2 no Brasil. Vale ressaltar que esta pesquisa foi conduzida na primeira fase da pandemia no Brasil e não reflete a situação atual. |