Avaliação da resposta imune contra SARS-CoV-2 analisada por até seis meses da infecção aguda e utilidade clínica de testes rápidos imunocromatográficos disponíveis no Brasil/

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Corsini, Camila Amormino
Orientador(a): Queiroz, Rafaella Fortini Grenfell
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: s.n.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55215
Resumo: A atual pandemia de COVID-19 representa uma crise aguda de saúde e economia global, com consequências alarmantes na mortalidade e morbidade humana. Diante disso, há uma necessidade urgente de maiores estudos acerca da resposta imune inata quanto adquirida frente a infecção pelo SARS-CoV-2, para poder tanto aumentar sua eficácia, quanto prevenir seus efeitos deletérios. Com isso, este trabalho teve como objetivo esclarecer a cronologia de anticorpos IgM/IgG, a cinética de mediadores solúveis séricos após COVID-19 e a aplicabilidade do uso dos testes rápidos indiretos disponíveis no Brasil. Para avaliar a resposta imune inata e humoral frente a infecção por SARS-CoV-2, amostras de 330 pacientes internados no Hospital da Baleia, Belo Horizonte, positivos e negativos para COVID-19, com amostras coletadas no início da internação até seis meses do aparecimento dos primeiros sintomas, foram coletadas para a determinação da resposta imune utilizando ELISA in house e citometria de fluxo, para posterior avaliação da utilidade e confiabilidade dos testes rápidos indiretos disponíveis para uso no Brasil. De um modo geral, os pacientes RT-qPCR+ passaram a ter IgM detectáveis por ELISA a partir da primeira semana de acompanhamento, o qual permaneceu detectável por até oito semanas. O anticorpo do tipo IgG apresentou altos títulos a partir da segunda semana do início de sintomas e permaneceu detectável durante os seis meses do estudo. Ao avaliar separadamente a cronologia dos anticorpos IgM e IgG entre os pacientes RT-qPCR positivos por idade, gênero, presença ou não de neoplasia e por gravidade clínica da doença, foi observado perfis de anticorpos semelhantes entre estes grupos, não tendo diferença estatística significativa. Ao realizar a quantificação dos biomarcadores solúveis sistêmicos, as quimiocinas, citocinas próinflamatórias, citocinas reguladoras e fatores de crescimento avaliados, apresentaram uma queda durante os seis meses de acompanhamento com exceção para CCL11, CXCL8, CCL3, CCL4, CCL5, IL-6, IFN-g, IL-17, IL-5, FGF-basic, PDGF, VEGF, G-CSF e GM-CSF. Após análise de anticorpos neutralizantes pelo teste ECO F COVID nAb (ECO Diagnóstica), um número significativo dos pacientes infectados apresentou anticorpos neutralizantes para a cepa de referência de Wuhan e para as variantes Alpha, Gamma e Beta. Ainda, ao avaliar os testes rápidos imunocromatográficos indiretos disponíveis no Brasil, os mesmos apresentaram uma boa sensibilidade e especificidade na detecção de anticorpos anti-SARS-CoV-2 após 15 dias de sintomas.