Inteligência artificial e tratografia por deconvolução esférica restrita no transtorno obsessivo compulsivo tratado por radiocirurgia Gamma Knife

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Santos, Bruno Fernandes de Oliveira
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Artificial Intelligence; Diffusion Magnetic Resonance Imaging; Imagem de Difusão por Ressonância Magnética; Inteligência Artificial; Neurocirurgia; Neurosurgery; Obsessive-Compulsive Disorder; Psicocirurgia; Psychosurgery; Radiocirurgia; Radiosurgery; Transtorno obsessivo-compulsivo
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-02042024-154505/

Para alguns casos graves e refratários de transtorno obssessivo-compulsivo (TOC) podem ser propostos procedimentos neurocirúrgicos. A capsulotomia ventral anterior por raios gama (CVG) é uma das opções de psicocirurgia para TOC. O objetivo desse trabalho foi avaliar diferenças tratográficas entre pacientes com TOC refratário submetidos a capsulotomia ventral anterior por raios gama (CVG) e controles sadios. Trata-se de uma amostra não probabilística por conveniência de pacientes com TOC refratário submetidos a CVG, assim como controles saudáveis aleatoriamente selecionados e pareados por gênero, idade e aparelho/protocolo de aquisição de imagens. Os passos de pré-processamento foram realizados por meio do software MRtrix3 e a tractografia porcessada por meio de deconvolução esférica restrita (DER) permitindo a segmentação do ramo anterior da cápsula interna (RACI) de acordo com a conectividade com o córtex frontal. Após o pré-processamento, as tractografias foram segmentadas de forma automatizada por meio de uma rede neural convolucional chamada Tractseg em 72 feixes de fibras. Perfis tratométricos dos grupos (controle e TOC) foram construídos para cada feixe. O mesmo processo foi realizado para cada uma das três métricas consideradas (anisotropia franionada, difusividade média e comprimento de pico). No presente estudo foram incluídos 27 participantes pareados na razão de 1:2, sendo 9 pacientes com TOC (5 com RM 3T) e 18 controles (10 com RM 3T). A idade média dos pacientes com TOC era de 36,9 anos (IC 95% 32.4 46.5), sendo que 7 (77,8%) eram do sexo masculino. As áreas de Brodmann 11 e 47 têm distribuição predominantemente ventral, já BA06 e BA08 estão localizadas dorsalmente no RACI. BA09, BA10 e BA46 têm distribuição craniocaudal intermediária, sendo BA46 com distribuição predominantemente lateral. Não houve diferença entre os grupos TOC e controle quanto a distribuição topográfica das fibras no RACI. Todos os participantes tiveram as imagens de difusão processadas por algoritmo DER com posterior segmentação automatizada dos 72 feixes de fibras previstos pelo Tractseg. Foram identificadas diferenças entre os grupos TOC e controle em pelo menos um segmento do perfil tratométrico para todas as métricas consideradas em tratos difusamente distribuídos em ambos os hemisférios e não restritos à via cortico-estiato-tálamo-cortical. Apesar da aparente similaridade quanto à distribuição topográfica, os pacientes com TOC refratário submetidos a CVG, quando comparados ao grupo controle, apresentaram discrepâncias no que tange ao perfil trotométrico