Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Marques, Mariana Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-28032016-140813/
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Resumo: |
O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de mortes no Brasil entre os óbitos por doenças cerebrovasculares e a principal causa de incapacidade no mundo. Este é um problema substancial de saúde pública e econômico, representa mais da metade dos pacientes neurológicos hospitalizados e muitos apresentam sequelas como hemiparesia, dependência completa ou parcial, afasias e dificuldade na deambulação. Um recurso para potencializar a reabilitação é a \"Telereabilitação\" (TR), que usa as tecnologias de informação e comunicação (TIC\'s) para acompanhamento à distância. Inúmeros benefícios da telessaúde e TR já foram descritos, incluindo um melhor acesso aos serviços de saúde, custo-eficácia, mais oportunidades educacionais, melhoria dos resultados na recuperação, melhor qualidade dos cuidados, melhor qualidade de vida e reforço dos suportes sociais. O presente trabalho realizou um levantamento da percepção dos profissionais e das ferramentas utilizadas por terapeutas ocupacionais para acompanhamento à distância de pacientes com seqüelas de AVC, assim como introduziu ferramentas de TR (mensagens de texto, telefonemas, chats online, etc) em serviços de reabilitação da cidade de Ribeirão Preto e verificou sua viabilidade de uso com estes pacientes. O estudo se desenvolveu em duas partes: 1) levantamento da percepção dos profissionais e das tecnologias usadas nos serviços de terapia ocupacional através de um questionário semi-estruturado; 2) implantação de ferramentas de acompanhamento à distância integradas ao acompanhamento convencional. A parte de implantação foi dividida em duas fases. Na primeira com o uso de somente uma ferramenta para acompanhamento do paciente (por exemplo a mensagem de texto via celular) e a segunda com o uso de duas ferramentas em conjunto (telefonemas e mensagens de texto). O acompanhamento dos pacientes em cada fase foi pelo período de no máximo dois meses. A viabilidade de uso das tecnologias foi avaliada nos aspectos de tempo dispensado para uso, facilidade, percepção de utilidade e adesão à ferramenta, que foram analisados através de questionários estruturados aplicados com o terapeuta do serviço e o paciente. Obteve-se como resultado da primeira parte do estudo um levantamento com 27 terapeutas ocupacionais. Na segunda parte as ferramentas foram introduzi das no tratamento de 9 pacientes. Foi verificado que muitos profissionais já utilizam na clínica as tecnologias de informação e comunicação para acompanhamento à distância. Pôde-se discutir sobre a importância da ética no uso de tecnologias para acompanhamento à distância, da consideração de aspectos como da confiabilidade da informação fornecida pela tecnologia, avaliação das habilidades do paciente para uso, uso de tecnologias de uso prévio do paciente, avaliação da sua rotina e hábitos de vida no momento da escolha da ferramenta. Os pacientes acompanhados não apresentaram dificuldades no uso das ferramentas introduzidas, relataram satisfação com uso e foi observado pelos terapeutas a facilitação do processo de reabilitação através da maior adesão das orientações, monitoramento do paciente e motivação na terapia. |