Sérgio Abreu: sua herança histórica, poética e contribuição musical através de suas transcrições para violão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Luciano Cesar Morais e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27140/tde-22072009-183755/
Resumo: Sérgio Rebello Abreu e seu irmão Eduardo Abreu se notabilizaram como dois dos maiores violonistas em atividade nos anos 60-70. A carreira do duo se interrompeu em aproximadamente 1975 e Sérgio Abreu prosseguiu como solista e camerista até 1981. O impacto que eles causaram no meio musical permanece até hoje, mas sua contribuição não foi analisada sistematicamente. Este trabalho, portanto, versa sobre a herança histórica de Sérgio Abreu, que trabalhou por mais tempo com o violão e era o encarregado das transcrições tocadas pelo Duo, através de suas transcrições e gravações. A fim de contextualizar a transcrição no panorama da história do violão, visitamos a história da transcrição no contexto do desenvolvimento do instrumento desde o Renascimento até o Classicismo, a partir de onde detalhamos mais a análise histórica, e deste ao século XX. Esse panorama procura construir o discurso da reabilitação da prática da transcrição como procedimento válido artisticamente, desde que devidamente contextualizado. Procura, no duplo contexto da história das transcrições e da herança histórico-poética, demonstrar em que elementos musicais se encontram as referências poético-musicais que confluem para o trabalho do Duo Abreu, a saber, Miguel Llobet, Emílio Pujol, Andrés Segovia e Monina Távora. A partir de uma análise de algumas de suas transcrições e de suas gravações, tenta-se recompor a inteligibilidade da poética musical na qual se modelaram as interpretações do Duo Abreu, relacionando para isso a idéia de historicidade com o processo de produção musical, da maneira como nos foi compreendida pelas leituras de Pareyson (Os problemas da estética) e Heidegger (A origem da obra de arte). Discute também a relação entre a reflexão acadêmica e a práxis artística, procurando e sugerindo caminhos, através da análise das transcrições e do legado fonográfico de Sérgio e Eduardo Abreu, para uma superação dessa dicotomia e para o pensamento de uma integração entre as esferas de trabalho dessas duas instâncias.