Da montanha transparente à sintaxe do abismo: escrita automática, collage e imagem poética na obra inicial de Sergio Lima

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gonçalves Junior, Elvio Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-11072023-104553/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo da obra poética inicial de Sergio Lima a partir de três publicações: Cantos à Mulher Nocturna (2009), reunião de oito cadernos de escrita automática redigidos em 1957, \"A Planície Verde\" (1960), conto classificado como \"science-fiction\" pelo autor, publicado no primeiro número da revista de cinema Delírio, e Amore (1963), livro de estreia do poeta, editado e publicado por Massao Ohno. Assim, tal recorte compreende um período (1957-1963) em que vivência e produção poética estão intimamente ligados e possibilita o vislumbre de uma obra pautada pela presença da escrita automática e da collage conforme idealizadas pelo Surrealismo. De modo a elucidar esse percurso poético, recorre-se a dados biográficos, à relação do poeta com seus contemporâneos, exemplos de sua obra plástica e à leitura minuciosa de seus escritos. Ao final, verifica-se como a prática da escrita automática e da collage, a primeira baseada em um método de captação e registro, a segunda em um procedimento de seleção e montagem, indica um processo de depuração do olhar e dispara uma caudalosa corrente de imagens poéticas que, por sua vez, se converte na plena exaltação do amor e da vida.