O percurso do pensamento de Rudolf Steiner e seu possível lugar no espaço psicológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Franciulli, Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-12112015-161312/
Resumo: A psicologia é uma atividade cultural humana de construção do conhecimento (Simão, 2004) e, assim sendo, sabemos da importância de estudar os aspectos históricos e filosóficos que envolvem sua construção. Acompanhamos, portanto, o seu fazer-se ciência, nos colocando diante de uma psicologia que se contextualiza em uma teia de teorias ora conexas ora desconexas, segundo critérios de cientificidade. Esse espaço psicológico se sustenta em dinâmicas tanto de rupturas - devido à diversidade teórica que pode resultar em um campo de dispersão, conforme propõe Figueiredo (2012) - como de unificação da psicologia. Ciente da pluralidade teórica e metodológica existente na psicologia, vejo, portanto, a necessidade de refletir sobre as escolhas do psicólogo por certas correntes, que, como veremos nesta pesquisa, estão intimamente relacionadas às suas experiências cognitiva-emocionais. A proposta neste trabalho foi analisar as bases do pensamento do filósofo Rudolf Steiner (1861-1925), - criador de uma proposta filosófica, a antroposofia, que trata de temas centrais abordados pela psicologia. Para isso, buscou-se a interlocução entre alguns aspectos histórico-culturais da própria construção de conhecimento desse pensador e o fazer da psicologia, procurando situar o espaço ocupado por Steiner dentro daquilo que se compreende como espaço psicológico, segundo Figueiredo (2007). Foram analisados os relatos autobiográficos de Steiner, chamados nesta pesquisa de experiências cognitivo-emocionais, e como tais aspectos podem ter modulado o percurso do seu pensamento. Entre essas experiências está seu diálogo muito próximo com as ideias do poeta e romancista J.W. Goethe, que também recebeu destaque nesta pesquisa, visto que há um interesse na retomada ao pensamento goethiano na atualidade, principalmente no que toca a importância da intuição no desenvolvimento do ser humano. O processo desta pesquisa requereu movimentos de aproximação e distanciamento em especial em relação ao envolvimento da autora com seu objeto de pesquisa (os pensamentos de Steiner), para que se atingisse uma melhor compreensão dos aspectos envolvidos tanto na configuração do psicológico (no sentido de Figueiredo, 2007) como no percurso de Steiner. Tal análise proporcionou à pesquisadora um aprofundamento a respeito de alguns aspectos relativos à escolha por certas correntes de pensamento em psicologia - neste caso, às matrizes compreensivas de inspiração românticas e pós-românticas - e, que são reflexos das experiências histórico-culturais do profissional, orientando-o no espaço contemporâneo tanto para sua prática em consultório como em pesquisa