Cotidiano e lutas sociais na periferia de São Paulo: agentes históricos da urbanização de São Mateus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sousa, Adriano Jose de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-24052022-160640/
Resumo: Pouco explorado em termos historiográficos, o tema das periferias de São Paulo necessita de uma abordagem crítica sobre as memórias das e dos agentes históricos de sua urbanização bem como da documentação de seus processos históricos, cujas fontes encontram-se espraiadas pela cidade. Os indícios desses processos foram aqui obtidos pelo pesquisador por meio da produção de fontes orais no diálogo com moradores e em relatos jornalísticos de periódicos locais, textos literários e canções levantadas de diferentes acervos, que remetem ao processo de formação territorial de São Mateus, Subprefeitura do extremo Leste da cidade de São Paulo, entre as décadas de 1950 e 2000. A pesquisa em questão aborda as transformações deste território, notório pelas lutas sociais por infraestrutura urbana e serviços públicos ao longo deste período, com destaque especial para a atuação dos movimentos de saúde, moradia, transportes e ambiental entre os anos de 1970 e 1990 e na questão cultural, da década de 1980 até a contemporaneidade. Imbricadas à vida cotidiana dos moradores, essas mobilizações são fatores marcantes na história, configuração espacial e institucional da região. O estudo das memórias das e dos agentes históricos do processo de urbanização de São Mateus tem como fontes subsidiárias de estudo os debates de vereadores sobre o distrito presentes nos Anais da Câmara Municipal de São Paulo, que ajudam a entender como as relações entre Estado e mobilizações periféricas interferem na formação de memórias destes espaços. Ao longo da pesquisa entendemos que era essencial tanto a elaboração de cartografias e fotografias como a busca de material do gênero em arquivos (públicos e pessoais) e em bancos de dados virtuais que pudessem nos ajudar a entender as transformações espaciais e urbanas de uma localidade predominantemente rural em urbana, com historicidade própria, dentro do conjunto que se convencionou denominar periferia de São Paulo