Fatores associados à carga de trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva de adultos no primeiro dia de internação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gonçalves, Leilane Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-02102006-125217/
Resumo: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, de corte transversal e retrospectivo, que teve como objetivo analisar a carga de trabalho de enfermagem e os fatores associados a ela, no primeiro dia de internação de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os dados foram extraídos de um banco de dados que reuniu informações de 5 UTI(s) de dois hospitais privados, de nível terciário, de grande e médio porte, no município de São Paulo. A amostra foi constituída por 214 pacientes adultos, admitidos nas instituições nos meses de abril de 2002 e outubro de 2004, respectivamente, e que permaneceram na UTI por um período mínimo de 24 horas. Os dados foram coletados dos prontuários por meio de três instrumentos: ficha de levantamento de dados que incluiu informações demográficas e clínicas; índice NAS (Nursing Activities Score), para medir a carga de trabalho de enfermagem e SAPS II (Simplified Acute Physiology Score II), aplicado para medir a gravidade dos pacientes. Esses dados foram armazenados e analisados utilizando o programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 12.0 (SPSS, 2002), estabelecendo-se as análises descritivas e inferenciais pertinentes ao estudo. A média do escore total do NAS foi de 69,9% e mediana de 68,0%. Verificou-se, segundo a mediana, que 109 (50,9%) indivíduos exigiram alta carga de trabalho de enfermagem e 105 (49,1%) baixa carga. Comparando as médias da carga de trabalho de enfermagem segundo as variáveis demográficas e clínicas, observou-se que as únicas estatisticamente significativas foram a condição de saída e o tempo de permanência na UTI. Ao serem comparadas com os grupos alta e baixa carga de trabalho de enfermagem, constatou-se associação apenas entre a variável tempo de permanência. Conclui-se, portanto, que a gravidade, a idade do paciente e o tipo de tratamento não foram fatores associados à demanda de trabalho de enfermagem, nas primeiras 24 horas na UTI. Os resultados indicam a necessidade de investigar outras variáveis, entre elas o grau de dependência de enfermagem do paciente em estado crítico.