O impacto da alteração de voz na qualidade de vida de pacientes submetidos a laringectomia parcial vertical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Sanchez, Renata Furia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-12022016-153407/
Resumo: O câncer de laringe pode ser tratado com cirurgias denominadas laringectomias, nas quais toda ou parte da laringe é removida, denominadas a laringectomia total e a parcial respectivamente. Ambos os tipos de cirurgia tem um impacto importante sobre a voz. Os pacientes com problemas de voz freqüentemente referem limitações, frustrações ou até mesmo impedimentos, tanto de natureza física, como psicológica, sociais ou profissionais. Tendo em vista a relação entre a voz e a qualidade de vida (QV), o objetivo deste estudo foi investigar o impacto da disfonia na QV dos pacientes submetidos a laringectomia parcial vertical, uma vez que a principal seqüela dessa cirurgia é a disfonia. Participaram deste estudo 31 pacientes submetidos a laringectomia parcial vertical no departamento de cabeça e pescoço do Hospital Amaral Carvalho entre fevereiro de 1993 e abril de 2005. Todos os pacientes responderam ao protocolo de mensuração de qualidade de vida e voz (QVV), auto-avaliação da voz e tiveram suas vozes avaliadas, quanto ao grau da disfonia, por meio da escala GRBAS. Os resultados obtidos do protocolo QVV foram: escore total \'X BARRA\' = 77,02 \'+ OU -\' 25,10, domínio sócio-emocional \'X BARRA\' = 83,67 \'+ OU -\' 27,51 e domínio do funcionamento físico \'X BARRA\' = 72,58 \'+ OU -\' 24,74. O domínio do funcionamento físico foi que o apresentou escores mais baixos. Quanto à auto-avaliação da voz: a maioria (51,61%) dos pacientes deste estudo classificou suas vozes como boa e observou-se relação positiva entre a auto-avaliação da voz com os valores obtidos em todos os domínios do QVV, uma vez que quanto melhor foi a classificação da voz pelo paciente, maiores foram os escores do QVV indicando melhor QV. Quando correlacionados a média da escala GRBAS com os dados do protocolo QVV, não houve correlação estatisticamente significante. Embora na correlação do G (grau global da disfonia) da GRBAS com o QVV observou-se que, vozes com ) grau discreto de disfonia apresentaram maiores escores do QVV quando comparadas com vozes com graus moderado e severo, refletindo em melhor QV. Concluindo, este estudo demonstrou o impacto negativo da disfonia na QV de pacientes submetidos a laringectomia parcial vertical, uma vez que quanto maior o grau de disfonia, menores os escores do QVV.